Sertanejo Universitário é música?

Sempre fui adepto de uma boa
música sertaneja, um toque de viola mexe com a alma da gente. Nasci e cresci
ouvindo música gaúcha e sertaneja como Teixerinha, Gildo de Freitas, Dante
Ranom Ledesma, Sergio Reis, Renato Teixeira, duplas famosas como Xitãozinho e
Xororó, Milionário e José Rico, Tonico e Tinoco, Bandas como os Fagundes,
Monarcas, Serranos e tantas outras; grupos de rock como Titãs, Paralamas, .... No
meu ponto de vista, isso sim que é música.
Tenho hoje uma grande mágoa,
pois, quando ligo o rádio tem aquele apelo popular de que tudo o que se canta é
música. Calma, tenho o direito de ser crítico, não posso me calar neste
momento, a opinião generalista que me perdoe, mas tem coisa que não é música.
Durante os anos 90 tivemos a
febre da lambada. Apareceram inúmeros grupos que cantavam uma frase repetida 10
vezes, sempre com o mesmo tom e chamavam aquilo de música. Coitado de quem não
gostasse daquilo, me senti por várias vezes como um ET, por dizer que não gostava
daquilo. No final dos anos 90 aparece o tal de axé, que era a mesma coisa, só
com um ritmo diferente, toda a história novamente e eu parecendo um ET.

Perdoe-me quem gosta disso, mas
falta muito para ser música e muito mais para ser sertanejo. Pois, sertanejo
sempre foi um tipo de música que conta uma história, uma passagem de vida ou
uma lenda. Dificilmente tem um refrão repetido, tem letra. Ao passo que isso
que tem por ai, diz: “eu quero tchu, eu quero tcha, .... O que significa isso?
Pelo amor de Deus! E para piorar eles ainda ficam dizendo seus próprios nomes
no meio da letra, tipo “Gustavo Lima e você” quem é Gustavo Lima?? Claro talvez
assim alguém passe a conhece-los.
O que dizem os universitários?
Como se sabe os universitários são pessoas críticas, que sempre tem um gosto
refinado por música, não se sentem eles ofendidos com isso? E você quando ouve
isso se sente como fã dessa galera ou um ET como eu?
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