GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA - O EXTRATIVISMO






Considera-se setor primário da economia, todas as atividades diretamente ligadas à extração, preparação e produção de matéria-prima para o setor industrial. Logo a agricultura, a pecuária, a pesca e a extração mineral e vegetal são exemplos deste setor.

O extrativismo mineral
A história de cidades como Urussanga, Criciúma, Lauro Müller e Tubarão, se confunde com a história da produção de carvão. Que foi por muito tempo um importante produto mineral catarinense, principalmente nas áreas da baixada litorânea. Na atualidade a exploração de carvão está em declínio, mas ainda gera muitos empregos de forma direta e indireta na região.
Na região de Campo Alegre aparece a mineração de caulim, um mineral de coloração branca, cujas jazidas abastecem a indústria de cerâmica do Paraná e de Santa Catarina. O caulim também é usado durante o  processo de fabricação do papel e de tintas.
Santa Catarina possui as maiores reservas brasileiras de fluorita e sílex. A fluorita é uma rocha utilizada basicamente na indústria siderúrgica para a fabricação de ferro-ligas e na obtenção do flúor, o sílex é uma rocha utilizada em construções e em adornos como cabo de ferramentas e facas.
Outro recurso mineral disponível é o quartzo, um cristal usado na fabricação de vidro, esmalte, saponáceos, abrasivos, lixas, fibras ópticas, refratários, cerâmica, produtos eletrônicos, relógios, indústria de ornamentos, fabricação de instrumentos ópticos, na construção civil como agregado fino, na confecção de joias baratas, em objetos ornamentais e enfeites, na confecção de cinzeiros, colares, pulseiras, pequenas esculturas etc. Também, as pedras semipreciosas como ametista, citrino e ágata também merecem ser lembradas quando se fala do extrativismo mineral em Santa Catarina.
As maiores fábricas brasileiras de cerâmica concentram-se no sul de Santa Catarina, incluindo as cidades de Imbituba, Tubarão, Criciúma, Cocal do Sul, Içara e Urussanga, elas são abastecidas graças as grandes ocorrências de argila cerâmica na região.
Além dessas se extrai areia granito (brita), argila e outros minerais de menor expressão. Em espaço catarinense no oceano atlântico de extrai petróleo e gás natural.

O extrativismo vegetal
Nesse ramo de atividade destaca na extração de madeiras retiradas das Matas, além de obtenção de ervas e produção de papel. Num passado não muito distante Santa Catarina era um dos principais estados produtores de madeira do Brasil. Mas, atualmente nosso estado é destaque em preservação ambiental e não mais em extração de madeira.
A madeira era extraída, sobretudo das florestas da Mata de Araucária e Mata Atlântica, com destaque para a canela, peroba, pinheiro e cedro. Também destaca-se a substituição das terras de florestas por áreas de agricultura e pecuária.
Na atualidade destaca-se a silvicultura, ou seja, o plantio de plantas para o aproveitamento comercial.

O extrativismo animal
Na piscicultura de água doce são mais de 25 mil piscicultores no Estado, com uma produção superior a 18 mil toneladas de pescados/ano, numa área alagada superior a 11 mil hectares.  Os produtores estão organizados em associações municipais, às quais agrupam-se em associações regionais e congregam a organização estadual. As principais espécies cultivadas são as carpas, a tilápia e truta. No estado encontram-se em funcionamento 2 frigoríficos de processamento de peixes de água doce.
Uma outra prática muito comum em Santa Catarina e o cultivo de peixes em áreas de produção de arroz. A associação de criação de peixes com o cultivo de arroz aumenta a produtividade do arroz e ainda produz-se o peixe.
Também a produção de camarões marinhos em cativeiro é uma prática muito comum no litoral, onde em mais de 570 hectares de viveiros, produz-se mais de 2 toneladas de camarões.  Essa atividade gera mais de 500 empregos diretos.
A criação de ostras e mariscos, também tem um grande destaque, pois 1.200 famílias estão envolvidas diretamente na produção, com o uso de uma mão de obra superior a 5.000 empregos nos 10 municípios envolvidos com a atividade, tendo uma produção de 11 toneladas de mexilhões e 1,6 milhões de dúzias de ostras, colocando o Estado como principal produtor nacional de moluscos.
A pesca é considerada uma atividade de extração animal, em Santa Catarina essa fonte de renda representa um importante papel no panorama econômico.
O litoral catarinense é um dos maiores produtores de pescados e crustáceos do Brasil.
A pesca extrativa em Santa Catarina conta com um contingente de quase 40 mil pescadores registrados (Fepesc). Santa Catarina conta com 3 “Casas Familiares do Mar”, em São Francisco do Sul, Laguna e Governador Celso Ramos.

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