A DIVERSIDADE AMBIENTAL DO BRASIL
O Brasil é o país
que possui a quinta maior dimensão territorial, estende-se desde o paralelo 5º
N até 32º S, com altitudes que variam de zero a mais de três mil metros. Isso
faz com que o Brasil tenha uma diversidade impar de paisagens.

Partindo do princípio que os países
desenvolvidos estão bem à frente no quesito inventário biológico e, que nos
países subdesenvolvidos tem-se a maior biodiversidade, muito, ainda, será
descoberto.
Segundo a Fundação IBGE, existem no
Brasil, 12 diferentes regiões fitoecológicas e subdividida em diversas classes
de vegetação. Logo, as florestas cobrem 4,3 milhões de Km², correspondendo a
51% do território, divididas em dois subgrupos as ombrófilas (muito úmidas) e
as estacionárias (decíduas e semidecíduas).
Embora não se tenha claro, por parte
dos pesquisadores, o que é um bioma. No Brasil, há uma classificação que remete
a seis tipos.

O fato negativo
fica por conta do desmatamento crescente. A década de 80 do século passada foi
conhecida como a década da destruição, quando foi suprimido 21 mil Km² de área por ano. A média geral é de 17,6 mil Km² ano.
A Mata Atlântica ocupava aproximadamente
15% do território brasileiro e foi o mais castigado pela ocupação humana. É
considerado um dos mais ricos ecossistemas do mundo, mesmo assim nesse
ecossistema o nível de destruição é superior ao nível das demais formações
florestais do país e isso demonstra a inexistência de políticas de conservação
no país e a falência do sistema de fiscalização.

O
cerrado brasileiro ocupava em torno de 23% da superfície do país,
principalmente a região do Brasil Central. Hoje, mais de 70% do território já
foi modificado, principalmente pela insistência na ocupação com a agricultura e
pecuária extensiva. Menos de 4% do cerrado é protegido por lei.
O
cerrado é conhecido como a savana mais rica do mundo, pois apresenta uma
elevada biodiversidade animal e vegetal. Muitas dessas plantas são usadas na
medicina ou como fonte de alimentos.
O
Pantanal é uma das maiores planícies sedimentares do mundo. Durante o período
das cheias o Pantanal alaga-se, transformando-se em um imenso “mar interior”,
obrigando a fauna a se deslocar para as áreas adjacentes, procurando refúgios,
voltando após o esvaziamento que é lento e, dá origem a lagoas que formam
verdadeiros depósitos de alimento.

Ocupando
cerca de 730 mil Km², com predomínio de plantas xerófilas caducifólias em clima
semiárido, a caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro e o mais
antropizado.
A
diversidade é uma regra da caatinga. As plantas são exploradas tanto como fonte
de alimento, quanto para a produção de combustível (lenha). O solo também é
exposto à agricultura, embora, sem irrigação, apresente um baixo resultado.
Os
campos sulinos compõem o menor bioma brasileiro. A região do pampa compreende
cerca de 180 mil Km², trata-se de uma planície ondulada coberta por gramíneas
rasteiras e alguns arbustos esparsos em área de clima subtropical.
O avanço
da pecuária e das atividades agrário fez com que houvesse um processo de
desertificação. Em alguns pontos tornou-se irreversível.
Talvez
alguns avanços na questão ambiental do Brasil foram: A conferência Rio-92; Lei
9.433/97 (Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos); Lei 9.605/98
(Crimes Ambientais); Lei 9.984/00 (Criação da ANA Agencia Nacional de Águas);
Lei 9.985/00 (Instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação);
Os principais pontos
negativos: As estratégias para desenvolvimento da Amazônia com a falência da
SUDAN e criação da ADA (Agencia de Desenvolvimento da Amazônia), que não leva
em consideração as questões ambientais; A falta de uma gestão integrada do
território; O programa Avança Brasil, que está provocando um grande impacto na
ocupação da região Amazônica; O Código Florestal, que dá ênfase à agricultura
de exportação sem respeito às questões de equilíbrio local; Política Florestal
que trata de forma igualitária às empresas que exploram madeira, tanto de forma
extrativista, quanto com plano de manejo; Reforma Agrária: não há uma política
séria de reforma agrária, pois não se está privilegiando a pequena propriedade
voltada para a produção familiar que seria o ideal para a proteção ambiental;
Recursos Hídricos: não há uma política pública para a proteção dos mananciais;
ONGs: falta uma relação mais estreita entre o estado e o terceiro setor.
Leia Mais em QUEIMADAS NA AMAZÔNIA
Baseado em:
CAPOBIANCO, João
Paulo Ribeiro. Artigo-base sobre os biomas brasileiros. In: Meio ambiente Brasil: avanços e obstáculos
pós-Rio-92. Aspásia Camargo, João Paulo Ribeiro Capobianco, José Antonio
Puppim de oliveira (Org.). São Paulo: Estação Liberdade: Instituto
Socioambiental; Rio de Janeiro: FGV, 2002, p.117-156.
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