O QUE FAZER COM TANTA ÁGUA NO BRASIL
O Brasil é um
país privilegiado naturalmente, tem-se gigantescas reservas de água
praticamente em todas as regiões com exceção do semiárido do nordestino. Muitas
destas áreas são de preservação para garantir o futuro das gerações.

O Aquífero Guarani está localizado em
rochas da Bacia Sedimentar da área drenada pela Bacia Platina e seus formadores
(Rios Paraná, Paraguai e Uruguai) e ocupa uma área de mais de 1,2 milhões de
km². Este super-aquífero estende-se pelo Brasil (Goiás, Mato Grosso do Sul, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) com 840.000 Km², Paraguai
com 58.500 Km², Uruguai com 58.500 Km² e Argentina com área drenada de 255.000
Km².
Este Aquífero
pode conter mais de 40 mil quilômetros
cúbicos de água o que é superior a toda a água contida nos rios e lagos
de todo o planeta. Somente este fato poderia significar que o abastecimento de
água Brasileiro estaria garantido, sem reciclagem e reaproveitamento por
milhares e milhares de anos e já abastece muitas comunidades nos Estados do Sul
e Sudeste do País.
Reservatórios
subterrâneos de água potável são conhecidos em todos os terrenos e regiões do
Brasil. Mesmo no semiárido do Nordeste existem gigantescos reservatórios.
Somente um deles possui um volume de 18 trilhões de metros cúbicos de água
disponível para o consumo humano, volume este suficiente para abastecer toda a
atual população brasileira por um período de, no mínimo, 60 anos isso sem
reciclagem ou reaproveitamento desta água.

Apesar da grande disponibilidade
de recursos hídricos no Brasil, estes não estão distribuídos de maneira
uniforme e algumas regiões já apresentam escassez na oferta, ocasionados pela
combinação do crescimento exagerado das demandas localizadas e da degradação da
qualidade das águas, resultante do processo de urbanização, industrialização e
expansão da atividade agrícola a partir da década de 50.
O Brasil desperdiça quase metade da água potável,
através de perdas físicas, comerciais e por ligações clandestinas de água,
chegando próximo a 50 % da água produzida, em alguns Estados do norte e
nordeste, e no Estado do Rio de Janeiro. (Takeda, 2010). O mesmo ocorre na
agricultura, onde se estima, em torno de 60 % são desperdiçados.
Nos anos 70, começam a surgir uma
maior conscientização da sociedade na forma de utilização dos recursos
hídricos, com maior intensidade a partir dos anos 80. O Código de Águas, de
1934, não atende às novas preocupações de gestão dos recursos hídricos. São então criadas comissões ministeriais para
discutir o assunto, e, em janeiro de 1997 é elaborada a Lei nº 9.433, que
institui a Política Nacional de Recursos Hídricos.

Dentro
dos princípios básicos do SNGRH, está o de que a água é um bem finito e que
precisa ser preservado e o reconhecimento de que a água é um recurso dotado de
valor econômico.
O Brasil tem uma grande disponibilidade
hídrica e tem a obrigação de preservar esse recurso para as gerações futuras
podendo inclusive, ser um futuro exportador de água.
Referências Bibliográficas:
AGENDA 21 BRASILERA:
Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 1997. dados obtidos em: www.mma.gov.br, acessado em março de 2011.
Aquífero Guarani,
publicado em http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-agua/aquifero-guarani-11.php,
2005.
GLOSSÁRIO AMBIENTAL: Dados obtidos em: www.wconsult.com.br;
acessado em 30/03/2011.
Introdução ao Gerenciamento
de Recursos Hídricos, 2ª. edição, 2001, publicado em www.ana.gov.br/bibliotecavirtual.
MONTIBELLER-FILHO, G. O mito do desenvolvimento sustentável: meio ambiente e custos sociais
no moderno sistema produtivo de mercadorias. Florianópolis: Ed. da UFSC,
2001. 306p.
TAKEDA, Tatiana de O. , Desperdício e Disputas pela
Água no Brasil, publicado em: http://jornal.jurid.com.br/materias/noticias/,
18 maio 2010.
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