SEGUNDA AULA DE GEOGRAFIA DE SC
OLÁ
MATERIAL EXCLUSIVO PARA MEUS ALUNOS DE TERCEIRÃO
MATERIAL EXCLUSIVO PARA MEUS ALUNOS DE TERCEIRÃO
Estrutura etária de SC
Composição étnica
Etnia
|
Percentual
|
Brancos
|
83,85%
|
Pardos
|
12,61%
|
Negros
|
2,86%
|
Indígenas
|
0,26%
|
Amarelos
|
0,41%
|
Sem declaração/outros
|
0,01%
|
A presença do Nativo na População Catarinense
A presença do Negro na formação populacional
Ò Em
Santa Catarina se conhecem casos de excepcional tratamento favorecido aos
escravos, de que o exemplo mais conhecido é o do Marechal Guilherme de Sousa,
de quem fora escravo o preto Guilherme, pai do poeta João da Cruz e Souza.
Ò As
Irmandades de N. Sra. do Rosário tinham entre seus objetivos libertar os
escravos pelo pagamento que eles custaram aos seus donos.
Ò Mais
tarde se deu também o vitorioso movimento abolicionista, em que atuavam
sobretudo os republicanos. Já houve negros libertos ao tempo da
Capitania.
Ò O
bispo do Rio de Janeiro em visita pastoral à capitania de Santa Catarina, D.
José Caetano da Silva Coutinho, quando já de retorno, passou provisão, em 26 de
janeiro de 1816, em Rio de São Francisco, concedendo tivessem "os irmãos
Pretos da Confraria de N. Sra. Do Rosário" daquele Termo "cinco
sepulturas na Igreja Matriz".
Ò O
contingente negro em Santa Catarina, como já se adiantou, foi
sempre de menor significação que nos demais Estados do País, e com tendência a
decrescer no seu percentual.
Ò A
baixa capacidade de investimento do catarinense foi um dos motivos porque não
se adquiriam muitos escravos.
Ò A
falta de um grande centro de polarização dentro do Estado fez também que o
negro emigrasse para outros centros urbanos do País.
Percentual de negros na composição populacional
Ano/cor da pele
|
Brancos
|
Pretos
|
Pardos
|
1810
|
23.197
|
7.203 (23%)
|
---------
|
1860
|
97.597
|
17.000 (15%)
|
---------
|
1872
|
125.942
|
14.374 (10%)
|
19.486
|
1900
|
240.587
|
13.625 (5%)
|
29.557
|
1940
|
1.112.809
|
61.382 (5%)
|
3.956
|
1950
|
1.476.267
|
56.948 (5%)
|
23.767
|
1960
|
1.993.000
|
65.842 (3%)
|
67.146
|
Imigrantes europeus no Brasil
Origem
|
Número Total
|
Alemães
|
176.422
|
Espanhóis
|
683.382
|
Italianos
|
1.507.695
|
Japoneses
|
188.723
|
Portugueses
|
1.321.898
|
Sírios e Libaneses
|
189.727
|
Outros
|
596.647
|
O Europeu na formação de Santa Catarina
Ò Portugueses:
É paulistas
(vicentistas), madeirenses e açorianos.
Ò Alemães:
É São
Pedro de Alcântara, Blumenau e Joinville.
Ò Italianos:
É Desterro,
Tubarão e vale.
Ò Outros:
É Espanhóis,
Ucranianos, Franceses, japoneses e
Poloneses.
A formação da sociedade catarinense
Conflito: BRANCOS X ÍNDIOS
"Bugre" era como a classe dominante catarinense
chamava, pejorativamente, os indígenas locais. E "bugreiros" eram os
grupos armados que caçavam índios pelo estado, nos séculos 19 e 20, trazendo
cabeças decepadas e orelhas como provas do serviço feito, para receber o
pagamento. Passadas tantas décadas, o preconceito racial e de classe dos donos
do poder contra guaranis, caingangues e xoklengues, permanece e contamina até
partes da população pobre, que não vê os índios com bons olhos. É o antigo
truque de jogar povo contra povo. Hoje, novas formas de manifestação
"bugreira" ocorrem em S. Catarina, uma moderna unidade federativa
capitalista, porém dominada por uma burguesia de mentalidade velha e
reacionária.
Estrutura fundiária de Santa Catarina
Classes das propriedades
|
menos de 2 ha
|
de 2 a 10 ha
|
de 10 a 20 ha
|
De 20 a 100 ha
|
de 100 a 200 ha
|
de 200 a 1000 ha
|
de 1000 a 5000 ha
|
mais de 5000 ha
|
Número de Propriedades
|
5.184
|
50.063
|
59.293
|
64.258
|
4.292
|
3.152
|
375
|
13
|
Representação
|
0,12%
|
4,60%
|
14,14%
|
42,39%
|
10,24%
|
22,56%
|
4,92%
|
1,03%
|
Representação das propriedades
Pequena Propriedade
|
18,86%
|
Média Propriedade
|
52,62%
|
Grande Propriedade
|
28,52%
|
A Republica Juliana
Após a Guerra dos Farrapos, 1835, a revolta se estendeu pelo
sul do país, chegando até Santa Catarina, local em que foi aclamada a República
Juliana, a qual contou com a ajuda de Davi Canabarro, por terra, e Giuseppe
Garibaldi.
Várias medidas foram tomadas, entre elas a convocação de
eleições, da qual saiu vitorioso o coronel Joaquim Xavier Neves.
Tal vitória não foi aceita pelos agitadores gaúchos, que
acabaram por nomear para seu lugar o Padre Vicente Ferreira dos Santos
Cordeiro, então derrotado nas eleições.
Eles escolheram Laguna como Capital interina da
República Juliana e extinguiram os impostos que eram cobrados pelo comércio do
gado e da indústria campestre.
O governo imperial revidou escolhendo o marechal Francisco
José de Sousa Andréas como presidente de Santa Catarina, homem de família
ilustre e promissora carreira militar. Governou de 1839 a 1840.
A República Juliana, oficializou-se a 24 de julho de 1839 –
advindo daí o nome “Juliana” – e findou-se em 15 de novembro de 1839, durante
um ataque violento a Laguna, durante o qual os seus inimigos fizeram uso não só
da marinha como também da cavalaria e da infantaria para derrotá-los.
O resultado foi o total aniquilamento da esquadra
farroupilha, a reconquista de Lagunas e a matança de todos os chefes da marinha
rio-grandense, com exceção, é claro, de Garibaldi e Davi Canabarro, que
conseguiram fugir.
Garibaldi veio para o Brasil com o único objetivo de
contribuir na luta dos farrapos, conheceu Anita Garibaldi, com quem se
casou, e ganhou uma ferrenha companheira de luta contra o império, sendo ambos
venerados como heróis catarinenses até os dias de hoje.
A Guerra do Contestado
Ò Conflito
que surgiu entre 1912 e 1916, em uma área povoada por sertanejos, entre as
fronteiras do Paraná e Santa Catarina.
Ò A
Brazil Railway obteve do governo, como forma de remuneração pelos serviços
prestados, o equivalente a mil metros de terras, uma em cada margem da estrada
de ferro, as quais tinham que ser obrigatoriamente povoadas por estrangeiros.
Porém, o que a Brazil Railway mais queria era tirar proveito da riqueza da
floresta nativa ali existente, que ostentava sua erva-mate, seus pinheiros e
imbuias.
Ò As
empresas empregaram os imigrantes nos trabalhos com a estrada de ferro e na
exploração de madeira. Deram início então à retirada forçada dos nativos, que
ocupavam ilegalmente um pedaço de terra, na qual trabalhavam para que se
tornasse fértil.
Ò Essa
atitude revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou
por sua característica sócio-política. A Guerra do Contestado colocou os
nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Os sertanejos
encontraram o apoio que precisavam nos monges – religiosos que peregrinavam
pelo sertão pregando a palavra de Deus –, figuras muito respeitadas por esse
povo.
Ò No
ano de 1912, um monge, conhecido como José Maria , une-se aos sertanejos
revoltados, institui vários povoados com autoridade própria e igualdade social.
O
Ò s
povoados ficaram conhecidos como Contestado e o conflito ganhou feição messiânica,
sendo conhecido também como Guerra Santa.
Ò No
mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito
e desencadeou na morte do monge José Maria.
Ò A
Guerra do Contestado acabou com a capitulação dos revoltosos e muitas mortes,
pois os mesmos resistiram bravamente antes de se dar por vencidos.
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