A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
Desde os tempos mais remotos, o homem
procura explicar, localizar, representar e entender os fenômenos naturais que
observa. Não é de hoje que o homem se impressiona com a queda de um meteoro ou
de apenas uma maça.
Historicamente, tivemos grandes
pensadores que com seu conhecimento enriqueceram nosso dia-a-dia de informações
e dados para pesquisa, entre eles destacam-se:
·
Tales de Mileto: Um dos sete sábios da Filosofia
Grega, viveu aproximadamente no ano 625 a.C. e já mostrava preocupação com a
Geografia Física, pois estudou a forma da Terra, suas dimensões e posição no
espaço, usando apenas um bastão.
·
Anaxágoras: Viveu na Grécia no século V a.C.,
afirmava que o mundo era um conjunto de partículas dirigidas por uma mente
superior. Foi preso em Atenas por ensinar que o Sol era uma massa incandescente
e a Lua um corpo semelhante à Terra.
·
Filolaus: também grego, no ano de 400 a.C.
expôs o primeiro sistema astronômico coerente que se conhece. A teoria do
Sistema Pirocêntrico descrevia que a Terra girava em torno de uma grande bola
de fogo.
·
Cláudio Ptolomeu: No ano de 200, mesmo conhecendo a
teoria de Filolaus, afirmou que a Terra era o centro do Universo e todos os
astros giravam em torno dela. Teoria do Sistema Geocêntrico.
·
Nicolau Copérnico: Somente em 1543, esse filósofo
polonês descreve a teoria do Sistema Heliocêntrico. Contudo, Copérnico afirmava
que o Sol era imóvel e astros giravam em torno dele.
·
Galileu Galilei: Astrônomo e filósofo italiano, no
ano de 1609, descobriu a luneta e, ainda estudou a Lua, descobriu a estrutura
da via-láctea e as manchas solares. Portanto, deu um grande impulso para os
estudos de astronomia e geografia.
·
Johannes Kepler: Astrônomo e matemático alemão, que
no ano de 1603, desenvolveu as Leis da Mecânica Celeste, que foram de grande
utilidade para o entendimento do Universo.
·
Isaac Newton: Matemático inglês que formulou a
Lei da Gravitação Universal, que juntamente com as Leis de Kepler nos
proporcionaram um remoto entendimento do Sistema Solar.
Com todos esses conhecimentos nasce
uma das mais importantes fontes de conhecimento – A GEOGRAFIA – essa ciência
que embora fantástica esteja em vias de extinção, pois novas ciências estão
ocupando o espaço e as pessoas não se preocupam mais com as coisas naturais e
sim com as artificiais, mas mesmo assim persiste e cresce.
A Geografia não pode ser,
simplesmente, definida apenas como descrição da Terra, como era ensinado no
passado: Geo = Terra, Grafia = descrição ou estudo. Pois, a
partir do século XIX, foram fixados seus princípios metodológicos, surgindo
então uma Geografia científica, com caráter explicativo. Os princípios
metodológicos da Geografia são:
1.
Extensão: Desenvolvida por Friedrich Ratzel
(1844-1904). Segundo esse princípio, todo fenômeno estudado deve ser
delimitado, localizado na superfície terrestre. Para isso são necessários
conhecimentos de cartografia.
2.
Analogia: Criada por Carl Ritter (1779-1859)
e Paul Vidal de La Blanche (1845-1918)). Todo fato ou área de estudo deve ser
comparada com outro fato ou área já conhecidos buscando-se semelhanças ou
diferenças entre eles.
3.
Conexidade: Teorizada por Jean Brunhes
(1869-1930). Segundo esse princípio os fenômenos naturais não ocorrem
isoladamente, mas interligados, sendo necessário identificar essas ligações.
4.
Causalidade: Formulada o por Alexander Von
Humboldt (1769-1859). Esse princípio afirma que ao estudarmos um fenômeno
qualquer é necessário estabelecer as causas, dizer o porquê dos fatos.
5.
Atividade: Apresentado por Jean Brunhes. Para
ele os fenômenos naturais têm caráter dinâmico, mutável, o que significa que é
preciso conhecer o passado para entender o presente e prever a evolução.
Então, a Geografia é caracterizada
por ser uma ciência que nasceu a partir de um conjunto de saberes da antiga
Filosofia, desenvolveu-se e, num atual momento, divide-se em física, humana
e/ou técnica.
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