O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DE SANTA CATARINA




A formação humana do estado catarinense


Atualmente a população catarinense apresenta-se com um grande processo de miscigenação, onde há certa predominância de alemães e italianos, mas no geral existe até certa homogeneidade. A ampla maioria é formada de brancos descendestes de europeus, que são operários trabalhadores das indústrias ou agricultores que trabalham em família no campo.
Santa Catarina teve sua composição étnica totalmente constituída por grupos exógenos. Então, se juntarmos hábitos, costumes, tradições e conceitos sociais de portugueses, alemães, italianos, eslavos, japoneses, negros e do nosso nativo, teremos a caracterização de um novo estado com suas particularidades. O estado catarinense.

As correntes migratórias internas

Ao longo da história de Santa Catarina, sucessivas correntes migratórias configuraram a ocupação do território com uma grande diversidade de hábitos e costumes. Esta contribuição deixou marcas profundas no cotidiano e na economia e formou um mosaico humano multicultural.
No início eram Gaúchos e Paulistas que vinham para ocupar as terras de Santa Catarina juntamente com estrangeiros, sobretudo europeus. Num segundo período, final do século XIX e início do Século XX, eram catarinenses que saiam para ocupar terras do sudoeste do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e outros estados do Norte e centro- Oeste do país.
Hoje, são centenas de paranaenses, gaúchos, paulistas, cariocas mineiros e outros povos oriundos de outras regiões brasileiras que ocupam atualmente as terras catarinenses, assim como encontramos centenas de catarinenses vivendo em outros estados e países.

Os conflitos de colonizador com a população nativa

Os primeiros habitantes do território catarinense foram Sambaquieros num segundo período os indígenas. Seus ancestrais pré-históricos, que aqui viveram entre 10 mil e 15 mil anos atrás, deixaram inúmeras inscrições rupestres (desenhos gravadas nas pedras) em diferentes sítios arqueológicos espalhados pelo Estado. Como ocorrera em toda a América, os conflitos com os primeiros colonizadores e as doenças trazidas pelos europeus dizimaram a maior parte da população nativa original.
Era muito comum a contratação, por parte de fazendeiros, de “bugreiros[1]” para “limpar” as terras que iriam ser ocupadas. Entre todos, um dos mais conhecidos, destacou-se Martin Bugreiro, que dizem ter matado mais de 100 mil nativos no Vale do Itajaí.
Os Portugueses classificavam de “bugres” os nativos mais bravos que não aceitavam a colonização e ‘Índios” os mansos que aceitavam ser escravos e a presença dos europeus, entre os quais “Índio Condá” é o mais conhecido por ser uma espécie de interlocutor entre os brancos e os nativos na região de Chapecó.


[1]                      Homens, cuja habilidade era a caça de Índios. Em geral, eram expedições lideradas por um especialista em caça. Levavam petrechos para aprisionar crianças e dizimar adultos.

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