A OCUPAÇÃO HUMANA NO TERRITÓRIO CATARINENSE







Os movimentos migratórios e a ocupação territorial:

Para ocupar as terras do estado de Santa Catarina, assim como todo o Brasil, Portugal teve que contar com a ajuda de outros povos. A vinda destes povos ou o deslocamento deles de uma região para outra, chama-se movimento migratório ou corrente migratória. Essas podem ser internas (dentro do próprio país) ou externas (de um país para outro). Quando uma pessoa sai de uma região, município ou estado para outro, dentro do país, chama-se migrante. Quando ele sai de um país e chamado de emigrante e quando chega a um novo país e chamado de imigrante.
Santa Catarina foi palco de um grande movimento migratório. Sendo que até 1950 eram comuns os movimentos migratórios externos com destaque á chegada de imigrantes vindos de Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Polônia, Ucrânia, Japão entre outros de menor valor numérico. O movimento migratório interno teve início por volta de 1890, com os gaúchos, intensificando a partir de 1920 com os paulistas e 1970 com os paranaenses.
A saída de catarinenses de Santa Catarina também ocorreu. Com destaque para a fronteira agrícola[1] dos primeiros anos do século passado e também a busca por melhores empregos na atualidade.
Atualmente em Santa Catarina encontra-se gente de vários países e de muitos estados, assim como, também, são encontrados catarinenses morando em muitos países e estados brasileiros.

As regiões metropolitanas, municípios e cidades:
Santa Catarina possui hoje 293 municípios e 3 regiões metropolitanas[2] e evidentemente 293 cidades.
Cada município tem sua história de formação, as mais antigas ficam no litoral e, em geral, as mais novas no centro e oeste do estado, devido o processo de ocupação das terras catarinense.
Na tabela número 3 podemos observar as 10 maiores cidades de Santa Catarina.
Tabela 3: as 10 maiores cidades de Santa Catarina:
Ordem
Cidade
População
1
Joinville
515.288
2
Florianópolis
421.240
3
Blumenau
309.011
4
São José
209.804
5
Criciúma
192.308
6
Chapecó
183.530
7
Itajaí
183.373
8
Lages
156.727
9
Jaraguá do Sul
143.123
10
Palhoça
137.334
Fonte: IBGE, 2012
Na tabela número 4 podemos observar as 10 menores cidades do estado.
Tabela 4: as 10 menores cidades de Santa Catarina:
Ordem
Cidades
População
1
São Tiago do Sul
1.465
2
Lajeado Grande
1.490
3
Flor do Sertão
1.588
4
Presidente Castelo Branco
1.725
5
Tigrinhos
1.757
6
Paial
1.763
7
Jardinópolis
1.766
8
Macieira
1.826
9
Barra Bonita
1.878
10
Cunhataí
1.882
Fonte: IBGE, 2012

Em Santa Catarina não encontramos nenhuma grande cidade, como São Paulo, Salvador ou Porto Alegre, a nossa maior cidade (Joinville) é considerada média me nível de Brasil. O fato de Santa Catarina não ter uma grande cidade pode ser um ponto positivo, pois minimiza o surgimento de bolsões de miséria; por outro lado, falta uma referência político-econômico, o que geralmente ocorre com as grandes cidades.
Contudo, em Santa Catarina, criou três regiões metropolitanas, para facilitar a organização do espaço: a Grande Florianópolis, a região do Vale do Itajaí e do Norte-Nordeste Catarinense.  As três foram sancionadas pelo Governador Paulo Afonso, em janeiro de 1998 e são constituídas das seguintes cidades.
A Região Metropolitana da Grande Florianópolis: são 22 municípios, sendo que a cidade sede é Florianópolis. As demais cidades são: Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Biguaçu, Canelinha, Garopaba, Governador Celso Ramos, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Palhoça, Paulo Lopes, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São Pedro de Alcântara, São José e Palhoça.
A Região Metropolitana do Vale do Itajaí: formada por 16 municípios, sendo Blumenau a cidade sede e os demais são: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Botuverá, Brusque, Doutor Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Ilhota, Indaial, Luiz Alves, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó.
A Região Metropolitana do Norte – Nordeste: é formada por 20 municípios, tem como sede Joinville e os demais são: Araquari, Balneário de Barra do Sul, Barra Velha, Campo Alegre, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itaiópolis, Itapoá, Jaraguá do Sul, Mafra, Massaranduba, Monte Castelo, Papanduva, Rio Negrinho, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú e Schroeder.


[1] Fronteiras Agrícolas: são áreas de exploração definidas pelo Governo com o intuito de ocupar ou aumentar a ocupação de um determinado território. Este avanço da ocupação territorial está diretamente ligado à necessidade de aumentar a produção de alimentos ou a geração de empregos.
Exemplos: Oeste Catarinense no início do século XX; sudoeste do Paraná em meados do século XX; Mato Grosso no final do século XX; Rondônia e Tocantins na atualidade.

[2] Região Metropolitana: Uma região metropolitana é uma área composta por um grande centro populacional, que consiste em uma (ou, às vezes, duas ou até mais) grande cidade central (uma metrópole), e sua zona adjacente de influência. Geralmente, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas.
Porém, uma região metropolitana não precisa ser obrigatoriamente formada por uma única aglomeração urbana. É necessário apenas que as cidades que formam uma região metropolitana possuam um grau de integração entre si, podendo ser econômica, política ou cultura.

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