A CRISE MUNDIAL COM NOME DE CRIMÉIA




O início da Guerra da Crimeia foi dado por um conflito que se desdobrou de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro, ao sul da atual Ucrânia), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu de um lado a Rússia e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, França, Piemonte-Sardenha (na atual Itália) – formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e o Império Turco-Otomano (atual Turquia). Esta coligação foi formada com o objetivo de conter a expansão russa.
A guerra iniciou com as incursões russas comandadas pelo czar Nicolau I nos principados otomanos da Moldávia e da Valáquia (hoje Romênia). Os turcos abriram guerra à Rússia, que os derrotou facilmente em Sinope, Ucrânia. Temendo a expansão russa, a aliança foi formada. Em troca de apoio, os turcos consentiam a entrada de capital ocidental na região.
Em setembro de 1854, os russos já haviam sido expulsos da região. No entanto, os ingleses acreditavam que a base naval russa em Sabastopol, na Crimeia, era uma ameaça futura. Para impedir novos conflitos, ingleses e franceses investiram contra a cidade, dominando-a em 1856.
A guerra chegou ao fim com a assinatura do tratado de Paris de 30 de março de 1856. Pelos seus termos, o novo Czar, Alexandre II da Rússia, restituía o sul da Bessarábia e a embocadura do rio Danúbio para a Turquia e a Moldávia, abdicava a qualquer pretensão sobre os Bálcãs e ficava impedido de manter bases ou forças navais no mar Negro.
Na atualidade, essa mesma Criméia passa a ser palco de uma nova discussão entre Rússia e ocidente. Porém, envolvendo mais uma parte da Ucrânia.
Tudo começou quando os ucranianos iniciaram uma negociação com a União Europeia para adesão ao bloco econômico. Como Moscou mantem a Ucrânia, por meio de subsídios, claro que não gostou e propôs um boicote à economia Ucraniana. Com isso Kiev voltou a trás e descontentou parcela da população pró-Europa, que foi para a rua fazer manifestações. Logo, os defensores da manutenção do acordo com a Rússia, também foram e o país ficou dividido.
As coisas pioraram com novas leis criadas pelo governo, tipo: a proibição de manifestações públicas e a invasão da Criméia por tropas Russas.
Neste domingo, 15 de março, um referendo na Criméia deu voto favorável à anexação de seu território à Rússia, fato que descontentou mais ainda as potências ocidentais que propuseram sanções à Moscou, só que foram sanções tão brandas que mais parece castigo de criança.
O que vai acontecer agora? Os bastidores dirão quem tem razão, se a Rússia essa vai ganhar a Criméia, se a Europa, essa vai ter mais um em seu bloco econômico. Mas tenho uma certeza, todos perderam com essa crise.

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