POR QUE COMEMORAR O FIM DE ANO?
O mês de janeiro foi criado em homenagem ao deus
romano Jano (em latim Janus). Jano tinha duas faces, uma olhando para a frente e outra para
trás, e dele derivam os nomes da Montanha Jano e o Rio Jano, pois segundo a
lenda ele viveu na montanha. Ele foi o inventor das guirlandas, dos botes e dos
navios, foi o primeiro a cunhar moedas de bronze; por isto que em várias
cidades da Grécia, Itália e Sicília, em suas moedas, trazem em um lado um rosto
com duas faces e no outro um barco, uma guirlanda ou um navio.
A
etimologia destaca que a palavra janeiro deriva do latim januariu, que
identifica o mês dedicado a deus Janus, divindade das portas e portões, das
entradas e saídas e do princípio e do fim. Seria, portanto, quem presidiria ao
começo do novo ano, motivo pelo qual o primeiro dos doze meses tem
adequadamente o seu nome.
Passado e futuro são duas fases no
ritmo de nossas vidas. O presente está entre o passado e o futuro, uma face que
conhecemos, porque foi vivida e outra face que não conhecemos, com todas as
suas possibilidades. Esses dois aspectos estão simbolizados nas faces de Janus,
divindade romana de aparência bifronte.
Conta uma lenda que Janus um dia
acolheu Crono, que agradeceu a gentileza concedendo a Janus o poder de ver o
passado e o futuro. Crono era Saturno entre os romanos, que assimilaram os
deuses gregos, mas Janus não tem nenhum correspondente grego.
Jano
Pater para os romanos e um dos deuses mais antigos do panteão latino, ostenta
títulos como Geminus, Patulcius, Clusius, Matutinus e Consivius, os quais
reforçam os seus atributos de origem das coisas e de divindade dos começos.
Na
qualidade de guardião de todas as portas, ele protegia o lar (por isso
coloca-se guirlandas nas portas de entrada das casas), presidia a ritos de
passagem, era invocado na abertura das cerimonias religiosas, no início de
projetos e de campanhas e em muitas outras ocasiões que constituíssem novos
começos. Janus era o deus dos portões e portas.
Janus
era também o porteiro celestial. Sua face dupla podia olhar as entradas e as
saídas e tinha uma tarefa especial, que era abrir as portas do ano que
iniciava. Na origem do nosso calendário há homenagens a diversos deuses
romanos. Janeiro era consagrado a Janus que, por ter duas faces, podia olhar ao
mesmo tempo os dois anos, o que terminara e o que estava começando.
Mas
Janus também tem uma face voltada para o presente, que é o tempo em que nós
fazemos a nossa história. Se o passado não é mais, e não sabemos como será o futuro,
o presente é o tempo que nós conhecemos antes de se tornar passado e futuro.
O
passado tem tradições, mas também tem perdas. O futuro tem possibilidades, mas
os riscos são desconhecidos. Janus ensina a voltar a face para os dois lados.
Aproveitemos que ainda estamos em janeiro e olhemos para os dois lados. Que
possamos aprender com a vivência do caminho já trilhado a compreender melhor o
presente e caminhar de modo mais lúcido para o futuro.
O Ano-Novo é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim
de um ano e o começo do próximo. Todas as culturas que têm calendários
anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada
réveillon, termo oriundo do verbo réveiller, que em portugues
significa "despertar".
A comemoração ocidental tem origem num
decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia
do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos
portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma
voltada para frente e a outra para trás.
A bíblia ensina que o ano novo é sempre
comemorado na primavera, e que no calendário judaico é sempre comemorado em 1
de Nissan (mês de março no calendário gregoriano), como está relatado no livro
da Bíblia em Shemot-Êxodo 12:1-2:
Como estamos
próximos do início de 2012, que tal pedirmos a Janus uma no abençoado e cheio
de realizações?
Um bom 2012
para todos nós.
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