PARAOLIMPÍADA: O BRASIL FEZ BONITO EM LONDRES E SE PREPARA PARA O RIO 2016


 
 
Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Brasil quer, nos Jogos do Rio 2016, superar o recorde de medalhas obtido nos Jogos Paraolímpicos de Londres e, assim, atrair investimentos da iniciativa privada e despertar a atenção para o tema da acessibilidade no país.

Os para-atletas conquistaram uma inédita sétima colocação no quadro de medalhas - tendo obtido um recorde de 43 medalhas, sendo 21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze -, uma subida de duas posições em relação aos Jogos de Pequim 2008.

Em Londres, o quadro de medalhas, teve o seguinte ranking dos 10 primeiros colocados:

POSIÇÃO
PAÍS
TOTAL
1
China
95
71
65
231
2
Rússia
36
38
28
102
3
Grã-Bretanha
34
43
43
120
4
Ucrânia
32
24
28
84
5
Austrália
32
23
30
85
6
Estados Unidos
31
29
38
98
7
Brasil
21
14
8
43
8
Alemanha
18
26
22
66
9
Polônia
14
13
9
36
10
Holanda
10
10
19
39

 

Sabe-se que o ponto central dos Jogos Paraolímpicos é transformar a paixão em superação, além de trabalhar a inclusão e minimizar o preconceito. Muitos dos 182 para-atletas brasileiros que participaram dos Jogos ganharam - ou reforçaram - status de ídolo, como os corredores Alan Fonteles e Terezinha Guilhermina, o maratonista Tito Sena, o nadador Daniel Dias - vencedor de seis medalhas de ouro na competição -, e os futebolistas Jefinho e Ricardinho.

O Brasil despertou para a Paraolimpíada em 1999, quando o país pleiteou sediar os Jogos Panamericanos de 2007. Na ocasião, o Rio foi escolhido para abrigar a competição e para sediar também o Parapan - os Jogos Paraolímpicos Panamericanos - a primeira vez que as duas competições foram realizadas em uma mesma cidade.

Os Jogos Paraolímpicos de Londres se tornaram um evento de grande sucesso, os estádios estavam cheios. As provas eram de grande competitividade e os atletas mostraram superação.

Pouco após os Jogos Panamericanos e o Parapan, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) foi incumbido pelo então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, de criar um plano de longo prazo para o desenvolvimento do esporte paraolímpico no Brasil.

No período de quatro anos entre os Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012, o CPB foi capaz de dobrar o investimento no esporte paralímpico no país, que passou de R$ 77 milhões para R$ 165 milhões.

O presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, disse em entrevista coletiva que ''Nós atraímos mais parceiros ao longo dos anos, e temos uma relação melhor passando por todas as três esferas do governo. Espero que essa tendência continue''.

Entre parcerias firmadas pelo CPB participam o governo federal, por meio do Ministério dos Esportes, a Caixa Econômica Federal, o grupo Infraero, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o governo do Estado de São Paulo. O acordo estabelecido com o Estado de São Paulo vale R$ 5 milhões e o firmado com a Prefeitura do Rio é de R$ 2 milhões.

O plano comercial para a Paraolimpíada de 2016 será divulgado neste ano. Os dirigentes esportivos estão entusiasmados com o fato de que os principais patrocinadores dos Jogos Olímpicos de 2016 também manifestaram interesse em investir nos Jogos Paraolímpicos de 2016.

A lista de patrocinadores inclui a fabricante de automóveis japonesa Nissan e as companhias Bradesco, Bradesco Seguros, Claro e Embratel.

A Nissan fornecerá mais de 2 mil veículos adaptados para os atletas competindo na Rio 2016.

Então, o cenário está montado, esperamos que os cartolas brasileiros saibam canalizar todos estes investimentos e transformá-los em resultados de longo prazo. Ou seja, não adianta fazer uma grande figura nos jogos Olímpicos e Paralímpicos em 2016 e nunca mais repetir o feito. Esperamos seriedade no processo.

Sem mais, parabéns ao Brasil e, principalmente para os atletas brasileiros, pelos resultados obtidos em Londres.



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