COMO ESCOLHER “O MEU VEREADOR”?


As eleições estão batendo na porta e a cada dia que passa mais e mais gente comenta e se pergunta: em quem vou votar nas próximas eleições? Se essa dúvida existe para a eleição da chapa majoritária (Prefeitos e Vices), quem dirá para a proporcional (Vereadores). Mas como escolher seus candidatos?

Quando se trata da chapa majoritária, cada cidadão tem seus métodos de escolha, em geral usa-se o seguinte critério: as melhores propostas; o “melhor” preparado; pelo partido; pela classe profissional, etc. Mas quando se trata da proporcional a dificuldade aumenta.

Na última semana estava eu em sala de aula falando de economia e, no final da aula, um aluno me interpelou e perguntou em quem o Senhor vai votar Professor? Claro que devolvi a pergunta: para Reitor? Líder de sala? Vereador? Prefeito? E ele, num sorriso tímido respondeu – Vereador Professor.

Aproveitei para fazer disso uma nova aula, que foi mais ou menos assim: Você deve escolher um partido, aquele que está mais próximo ao que você pensa que tem propostas voltadas para as questões sociais, econômicas, ambientais e principalmente gerenciais para com o patrimônio público. Depois disso você já tem um candidato à Prefeito, o apoiado pelo Partido que você escolheu, então é só escolher o vereador, mas qual?

Como o Partido lança vários, qual eu devo escolher? No caso de Joinville dos 309 candidatos, você terá que escolher entre, no máximo 38, que são os candidatos que o Partido escolhido lançou, pois é claro que você não irá votar em um Partido para Prefeito e outro para Vereador, pois assim você estará criando um grande problema para os dois e em consequência para a cidade.

Entre aqueles da chapa que você escolheu, procure aquele que NÃO tenha as seguintes características:

- faça rimas ridículas, tipo “não tome café amargo, vote no Camargo”;

- prometa obras, tipo: vou asfaltar as ruas do nosso bairro;

- diga que vai trabalhar pela educação, saúde, saneamento e mobilidade;

- prometa coisa que já existam tipo Lei para assegurar meia entrada aos estudantes;

- que pelo menos saiba falara em público.

Digo isso, pois muitos são os candidatos que não tem noção do que vão fazer. A atividade de um Vereador é legislativa, logo não faram obras e sim Leis, se prometem trabalhar pela educação, saúde, saneamento e mobilidade, não sabem o que vão fazer, pois isso é o obvio; se fazem rimas e por que não tem o que dizer de concreto; se prometem o que já tem, nem conhecem a realidade local, como vão querer governar?

Após este filtro deve ter sobrado uns quatro ou cinco candidatos, então veja quem você conhece, seja pelo trabalho que fez, proximidade física (vizinho) ou colega de trabalho e é este, pois o Vereador deve ser uma pessoa que tenha condições que trabalhar pela cidade, mas também que seja alguém próximo de  nós, pois quando for necessário saber a quem recorrer para reclamar ou exigir alguma mudança.

Difícil? Claro que sim, mas se fosse fácil não seria necessário uma eleição. Seria apenas indicar alguém. Mas como saber se vai dar certo? Para isso se faz necessário que você cumpra seu papel de cidadão, que é:

- não eleger alguém porque é isso ou aquilo e sim porque vai fazer isso ou aquilo;

- a eleição não acaba com o voto. Começa neste ponto, pois cabe a nós fiscalizarmos nossos eleitos. Fazer cobranças pelas “promessas” de campanha;

- lembrar que um eleito está lá para resolver os problemas comunitários e não pessoais.


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