A REALIDADE CAMPONESA X AS COTAS DE CARBONO

Chama-se seqüestro de carbono a absorção do gás
carbônico (CO²) presente na atmosfera pelas florestas, que durante a fase de
crescimento, absorvem este gás e liberam oxigênio. Isto quer dizer que
florestas em crescimento são fundamentais para a diminuição de poluentes na
atmosfera terrestre e para melhorar a qualidade de vida da população. Por esta
razão, para proteger a atmosfera seria necessário não só diminuir a emissão de
poluentes, mas também preservar as florestas plantando árvores, que ajudam a
"limpar" o ar que respiramos. Então, se tem uma inversão da lógica
econômica, onde os camponeses farão um benefício para toda a humanidade e estes
pagarão por isso.

Como dificilmente as empresas irão comprar
gigantescas glebas de terras para manter uma área de preservação, até porque
tem custo para a manutenção, logo a tendência é que elas comprem o direito de
preservar, ou seja, por meio do Protocolo de Quioto, que lançou um produto
chamado de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), onde é possível uma
pessoa preservar e “vender” esse direito à outra que polui e não tem como
preservar. Atualmente centenas de milhares de cotas já são comercializadas em
bolsas de valores a preços bem convidativos.

O preço de cada
cota no mercado interno fica na faixa de 16 euros, porém na Europa pode ser
vendido à 19 euros. Como cada dez hectares de área verde seguestra em média 1
tonelada de carbono por ano, quem tem uma propriedade de 500 hectares e
consegue uma RCE, pode comercializar por 950 euros por ano, ou seja, um ganho
extra de R$ 2.600,00 anuais para sempre.
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