MATERIAL DE SANTA CATARINA

SANTA CATARINA NO BRASIL

Santa Catarina é uma das 27 Unidades Políticas da República Federativa do Brasil e posiciona-se na macrorregião Sul do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), da qual, ocupa apenas 16,57%. O território Catarinense encontra-se entre os paralelos de 25º57'41" e 29º23'55" de latitude Sul e entre os meridianos de 48º19'37" e 53º50'00" de longitude Oeste.
Santa Catarina possui uma das menores desigualdades sociais do Brasil e, logo, bons indicadores de qualidade de vida. Na tabela 13, você pode ver e comparar os indicadores de Santa Catarina com os do Brasil.

Tabela 13: Santa Catarina – Indicadores econômicos e de qualidade de vida
Dado
Santa Catarina
Brasil
População Total
6.248.436
190.755.799
Área (km²)
95.703,487
8.502.728,269
Densidade Demográfica
65,29
22,43
Número de Municípios
293
5.564
IDH
0,840
0,699
Taxa de Analfabetismo
4,9%
9,7%
Taxa de Mortalidade
5,4‰
6,3‰
Taxa de Natalidade
13,6‰
20,7‰
Expectativa de vida
75 anos
72 anos
Pessoas por Veículo
1,8
2,9
Orçamento anual
R$ 10,3 bilhões
R$1,3 trilhões
Número de Deputados
40
513
Fonte: IBGE, 2011; Wikipédia, 2011; Gabinete da Presidência, 2011.

Além da qualidade de vida, também na indústria, na agropecuária e na silvicultura a força de Santa Catarina é indiscutível. A indústria de transformação catarinense é a quinta maior do país em número absolutos de empresas instaladas (43 mil) e de trabalhadores (476 mil). Isso em um Estado que ocupa apenas 1,1% do território nacional.
Essa força também pode ser vista no comércio externo, pois são muitas as instituições catarinenses que são vistas e/ou lembradas no exterior. Exemplo disso, as praias de Balneário Camboriú e Florianópolis que são tomadas por argentinos, paraguaios, chilenos e uruguaios todos os anos, também é significativa a presença de turistas europeus em nosso estado. O comércio externo catarinense se destaca pela diversidade de produtos e destinos apresentados. Veja na tabela 5, os produtos e destinos das importações e exportações de Santa Catarina.

Tabela 5: Os dados são por ordem de tamanho de mercado
Total de exportações
8,2 bilhões de reais em 2008
País
Principais Produtos
Estados Unidos
Frango inteiro, cortes especiais
Japão
Fumo
Argentina
Motocompressores
Holanda
Carne suína
Alemanha
Motores elétricos
Reino Unido
Blocos de cilindros, cabeçotes para motores
Rússia
Carne bovina
Hong Kong
Grãos de soja
México
Portas, caixilhos, artefatos de madeira
África do Sul
Ladrilhos de cerâmica

O mesmo ocorre para as importações:
Total de Importações
7,9 bilhões de reais em 2008
País
Principais Produtos
China
Cobre e derivados
Chile
Matérias-primas plásticas
Argentina
Fios de cobre
Estados Unidos
Pneus para Ónibus e Caminhões
Alemanha
Vasilhames
Peru
Fios e fibras artificiais
Índia
Fios de poliéster
Itália
Fios de algodão
Coréia do Sul
Trigo
Uruguai
Malte
Fonte: Brasil, 2012


O povo de Santa Catarina:
Santa Catarina tem uma característica humana especial, o povo deste estado é único, sem igual em outra região do país. A população catarinense tem a maior concentração de brancos do Brasil, apresenta uma distribuição populacional regular em todo o território, logo, inexistem áreas despovoadas e superpovoadas. As áreas rurais apresentam uma estrutura social e econômica de boa qualidade.
Apesar da grande concentração de brancos Santa Catarina apresenta grande diversidade étnica, pois são de origens diferenciadas.
Seus habitantes apresentam influências físicas e culturais de imigrantes portugueses, alemães, italianos, japoneses, austríacos e poloneses, fato que reflete diretamente na cultura local. Outros grupos que também têm participação direta nesta formação peculiar, que são: os indígenas (primeiros habitantes da região) e os descendentes de africanos.
Assim, a composição étnica do estado catarinense se apresenta da seguinte forma:

Etnia
Percentual
Brancos
83,85%
Pardos
12,61%
Negros
2,86%
Indígenas
0,26%
Amarelos
0,41%
Sem declaração/outros
0,01%
Fonte: IBGE, Censo 2010.

Então, o povo catarinense foi formado pela junção de vários povos, principalmente europeus. Isso quer dizer que temos um pouquinho de cada cultura e assim constituímos uma cultura muito rica e própria de Santa Catarina.

A estrutura etária da população catarinense
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Santa Catarina possui uma pirâmide etária similar aos dos países desenvolvidos, com uma base estreita, um corpo volumoso e um ápice bem alongado. Ou seja, a população de idades menores que 20 anos, chamados de jovem, vêm diminuindo a cada ano (está nascendo menos gente), enquanto que a população adulta (de 20 a 60 anos), que concentra a camada de trabalhadores é bastante volumosa e maior que a primeira. A população de idosos (mais de 60 anos) apresenta um pequeno crescimento, fruto do aumento da qualidade de vida, porém bem menor que as demais idades, vejam no gráfico a baixo.

A formação humana do estado catarinense

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Atualmente a população catarinense apresenta-se com um grande processo de miscigenação, onde há certa predominância de alemães e italianos, mas no geral existe até certa homogeneidade. A ampla maioria é formada de brancos descendestes de europeus, que são operários trabalhadores das indústrias ou agricultores que trabalham em família no campo.
Santa Catarina teve sua composição étnica totalmente constituída por grupos exógenos. Então, se juntarmos hábitos, costumes, tradições e conceitos sociais de portugueses, alemães, italianos, eslavos, japoneses, negros e do nosso nativo, teremos a caracterização de um novo estado com suas particularidades. O estado catarinense.


As correntes migratórias internas

Ao longo da história de Santa Catarina, sucessivas correntes migratórias configuraram a ocupação do território com uma grande diversidade de hábitos e costumes. Esta contribuição deixou marcas profundas no cotidiano e na economia e formou um mosaico humano multicultural.
No início eram Gaúchos e Paulistas que vinham para ocupar as terras de Santa Catarina juntamente com estrangeiros, sobretudo europeus. Num segundo período, final do século XIX e início do Século XX, eram catarinenses que saiam para ocupar terras do sudoeste do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e outros estados do Norte e centro- Oeste do país.
Hoje, são centenas de paranaenses, gaúchos, paulistas, cariocas mineiros e outros povos oriundos de outras regiões brasileiras que ocupam atualmente as terras catarinenses, assim como encontramos centenas de catarinenses vivendo em outros estados e países.


Os conflitos de colonizador com a população nativa

Os primeiros habitantes do território catarinense foram Sambaquieros num segundo período os indígenas. Seus ancestrais pré-históricos, que aqui viveram entre 10 mil e 15 mil anos atrás, deixaram inúmeras inscrições rupestres (desenhos gravadas nas pedras) em diferentes sítios arqueológicos espalhados pelo Estado. Como ocorrera em toda a América, os conflitos com os primeiros colonizadores e as doenças trazidas pelos europeus dizimaram a maior parte da população nativa original.
Era muito comum a contratação, por parte de fazendeiros, de “bugreiros[1]” para “limpar” as terras que iriam ser ocupadas. Entre todos, um dos mais conhecidos, destacou-se Martin Bugreiro, que dizem ter matado mais de 100 mil nativos no Vale do Itajaí.
Os Portugueses classificavam de “bugres” os nativos mais bravos que não aceitavam a colonização e ‘Índios” os mansos que aceitavam ser escravos e a presença dos europeus, entre os quais “Índio Condá” é o mais conhecido por ser uma espécie de interlocutor entre os brancos e os nativos na região de Chapecó.


A influência da Guerra do Contestado e da República Juliana na formação da identidade catarinense



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Em terras catarinenses ocorreu uma das maiores Guerras que já aconteceu no espaço brasileiro - A Guerra do Contestado. Este foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916.
Este conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que viviam em terras do oeste catarinense e forças militares dos poderes federal e estadual. O nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
Tudo começou porque a estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para que a construção da estrada de ferro fosse efetuada, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.
Com o fim da Guerra, os camponeses que perderam suas terras espalharam-se por toda Santa Catarina, dando origem aos trabalhadores sem terras e aos moradores das periferias das grandes cidades.
A República Juliana foi declarada durante a revolução farroupilha que estourava no Rio Grande e, naquele momento, estendera-se até Santa Catarina.
Veja mais em: Guerras e Conflitos


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Este movimento Revolucionário objetivava libertar aquela província de um controle econômico do governo imperial, considerado intolerável pela população do Rio Grande do Sul, e era alimentado por ideais republicanos e federalistas, sob o comando do coronel Bento Gonçalves. Em Santa Catarina, especialmente nas regiões mais próximas do Rio Grande, como Laguna e Lages, o número de simpatizantes pela causa rio-grandense aumentava, incentivados por famílias fugitivas gaúchas que haviam escapado às perseguições e à Guerra dos Farrapos.
Lages foi ocupada pelos farrapos em 1838 e declarada parte da República Rio-grandense, que já havia sido declarada. No ano seguinte, liderados pelo italiano Guiseppe Garibaldi, os farrapos invadiram Laguna pelo mar. E chegaram por terra comandados por Davi Canabarro. Apoiados pela população estabeleceram uma república com o nome provisório de Cidade Juliana de Laguna, presidida por Canabarro.
A reação do governo Imperial imediata, com 400 homens vindos do Rio de Janeiro e 3.000 de Santa Catarina, 20 navios cercaram Laguna e pelos caminhos diplomáticos acabaram com a resistência dos republicanos. Os demais revolucionários de Laguna foram derrotados por tropas navais do governo brasileiro, fazendo Garibaldi e sua companheira Anita refugiarem-se no Rio Grande, de onde saíram para lutar na Itália.A instalação da República Juliana de Laguna, ainda que por pouco tempo, foi uma das páginas mais gloriosas da história catarinense, projetando internacionalmente o nome de Anita Garibaldi, denominada a Heroína dos Dois Mundos.
Então, tanto a Guerra do Contestado como a Revolução farroupilha fazem parte de uma página rica que é a história de Santa Catarina.



A vegetação Catarinense:
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Define-se vegetação como o conjunto dos vegetais nativos de uma região que varia de acordo com o relevo, com o clima e com o tipo de solo nele existente.

Em Santa Catarina, encontramos as seguintes formações de vegetais:
Mata Atlântica: é uma floresta situada no litoral e se estende pelo interior da bacia do Itajaí. Nesta formação, encontramos o louro, o ipê e madeiras de grande valor econômico. A extração destas madeiras alimenta a indústria de fabricação de móveis e produção de lenha e carvão vegetal.

Mata Subtropical: localizada nas proximidades da bacia do Rio Uruguai. As principais espécies encontradas são: peroba, figueira, palmeira, canela, entre outras. O solo é rico e muito aproveitado para a agricultura.

Mata das Araucárias: cobre a maior parte do Estado e tem grande valor econômico. Recebeu este nome devido à presença do pinheiro-do-paraná. Nesta mata, encontramos também erva-mate, imbuia, palmeira e cedro. A imbuia é muito utilizada na fabricação de móveis. Da erva-mate se faz-se chá e chimarrão.

Campos de altitude: em regiões de maior altitude encontramos uma pequena formação de campos. A maioria dos campos de Santa Catarina se apresenta com formações de gramíneas e de pequenos arbustos. Além da criação de gado, desde os tempos coloniais, os campos catarinenses foram também pouco a pouco sendo ocupados pela agricultura.

Vegetação litorânea: é encontrada na faixa costeira e é caracterizada pelos mangues, onde encontram-se os vegetais comuns aos terrenos alagadiços.

Faxinais: são as áreas com intermediárias entre florestas e campos que produzem lenha miúda, onde predominam o guaraperê, os guaramirins, os taquaris e os carazais.

O crescimento da pecuária e o desmatamento:

Com a produção econômica em Santa Catarina, parte da natureza teve que ser substituída, então é comum vermos construções próximas às praias e rios e também, desmatamentos para introduzir a agricultura e a pecuária.
Claro que precisamos nos alimentar. Porém, devemos perguntar: não existe outro meio de produzir alimentos além do desmatamento?
Claro que sim, existem técnicas e manejos de solo que permite plantar, colher e criar animais sem grandes impactos ao meio ambiente. Contudo, a prática da agricultura e pecuário de exploração ou subsistência em Santa Catarina e antiga, anterior à descoberta dessas novas tecnologias.

A silvicultura e o impacto ambiental:

Como grande parte de nossas florestas foi derrubada, a parcela que não será usada pela pecuária e agricultura, usa-se com a silvicultura, isto é, novas árvores são plantadas para explora-las economicamente. Em nosso estado além de silvicultura pratica-se também o reflorestamento, usam-se especialmente o pinheiro, o eucalipto, a acácia-negra e árvores frutíferas. Porém, o reflorestamento não resolve o problema do equilíbrio do meio ambiente, Isso ocorre porque, com a extração de muitas espécies de árvores, os animais não conseguem se adaptar ao novo meio ambiente.


A hidrografia Catarinense:

A água pode ser encontrada no nosso planeta em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. A troca deste estado ou o caminho percorrido para chegar até nós, se dá pelo processo que chamamos de “Ciclo da água” ou “Ciclo hidrológico”. Por meio desse ciclo a água passa pelos estados líquido e gasoso de forma que vai sempre se renovando a cada ciclo completo. Em regiões muito frias do planeta (Polos e Montanhas) ela pode ser encontrada em estado sólido.
Quando a terra estava se formando a superfície do planeta era muito quente e toda a água existente estava na forma de vapor. Pode-se afirmar que o ciclo da água começou com um processo chamado de condensação: a passagem do estado gasoso para o estado líquido. Nesse caso, a água se condensou devido à diminuição de temperatura ocorrida na superfície do planeta, que possibilitou que o vapor de água passasse para o estado líquido.
Atualmente, isso acontece quando o vapor de água chega a certa altura. A temperatura cai e a água condensa, passando para o estado líquido em pequenas gotículas que vão se juntando e movimentando por causa da ação dos ventos e das correntes atmosféricas e formando as nuvens. Por fim, elas caem na forma de chuva (precipitação).
Ao cair às águas vão para os rios, ou para lençóis subterrâneos e depois para os rios e mares, oceanos e lagos. Lá ela fica novamente exposta à ação do sol que a esquenta transformando-a novamente através do processo de evaporação: passagem do estado líquido para o gasoso.

As bacias hidrográficas em Santa Catarina;

Define-se bacia hidrográfica como um conjunto de rios cujos cursos (ou leitos) se interligam. Ou seja, é um conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus tributários (afluentes, subafluentes etc.).
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As bacias são formação que se dão por meio dos desníveis dos terrenos que direcionam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas. E é essa tendência que a água tem em seguir uma determinada orientação dada pelo relevo e pelo efeito da gravidade pode ser chamada de bacia hidrográfica.
As principais bacias hidrográficas em Santa Catarina são as Bacias secundárias do Sudeste e a Bacia Platina. No conjunto de Bacias do Sudeste, os rios que deságuam diretamente no mar. Os principais rios desta bacia são: Araranguá, Cubatão Norte, Itajaí-Açú, Itapocu, Tijucas, Tubarão, Cubatão Sul, Mampituba e Urussanga.
A Bacia Platina e dividida em Bacia do Paraná, do Paraguai e do Uruguai. Em Santa Catarina a Bacia do Rio Paraná é Representada pela Sub-Bacia do Iguaçu, cujo principais rios são: Iguaçu, Negro, Negrinho, Preto, São João, Canoinhas, Paciência, Timbó e Jangada. A bacia do Uruguai é composta pelo Rio Uruguai e seus afluentes, onde se destacam os rios Canoas e Pelotas, das Antas, Chapecó, Irani, Lava-Tudo, do Peixe, Jacutinga e Peperi-Guaçu.


O potencial hídrico para a produção de energia;

Santa Catarina tem muitos rios de planalto, que facilitam a produção de energia, mas mesmo assim, o estado produz 80% do total do consumo interno de energia elétrica. Ou seja, Santa Catarina é importadora de energia elétrica.

As usinas hidrelétricas que atual em Santa Catarina são:
Usina Hidrelétrica
Rio
Produção (MW)
Itá
Uruguai
1450
Machadinho
Pelotas
1140
Campos Novos
Canoas
880
Foz do Chapecó
Uruguai
855
Barra Grande
Pelotas
708
São Roque
Canoas
214
Garibaldi
Canoas
150
Salto Pilão
Itajaí-Açu
182
Quebra Queixo
Chapecó
150

Com os novos empreendimentos que estão para ser construídos – Usinas de Garibaldi, São Roque e pai Querê, complexo eólico da Serra do Rio do Rastro e as PCHs – Pequenas Contrais Hidrelétricas, o estado passará a ser exportador de energia. 

A indústria e a poluição hídrica;

Um dos grandes problemas para a hidrografia de Santa Catarina diz respeito à poluição dos corpos hídricos. Os rios e mananciais na região de Criciúma sofrem com os resíduos da mineração; na região do Vale do Itajaí e Nordeste Catarinense, os corantes lançados nos rios comprometem suas águas; no Planalto os resíduos das industrias madeireiras; em todo o estados, nas principalmente no litoral, o  lançamento de esgoto sanitário lidera os problemas ambientais, mas nada é tão significativo quanto aos resíduos da agroindústria que são lançados nas regiões oeste e extremo oeste.
A criação de gado de forma intensiva e o processamento de produtos agropecuários têm proporcionado sérios problemas de poluição para o solo e em águas superficiais e subterrâneas. Como os resíduos de atividades agroindustriais apresentam, em geral, grande concentração de material orgânico. Seu lançamento em rios pode proporcionar grande decréscimo na concentração de oxigênio dissolvido nesse meio, provocando a morte de peixes.
Em caso de lançamento de grandes cargas orgânicas, além de proporcionar a morte de animais, pode provocar a exalação de mau cheiro e de gases agressivos, causando assim, a morte do rio.


O relevo Catarinense:

O mapa de relevo de Santa Catarina mostra uma regularidade para com a paisagem brasileira. As altitudes mais elevadas não ultrapassam a 2100 metros e em poucos casos ultrapassam a 1500 metros. Portanto, as altitudes são modestas. Isso reflete o fato de ser o relevo brasileiro formado por solos de datação antiga, na maioria dos casos formados nas primeiras eras geológicas e alguns poucos casos em eras mais recentes. O que transforma nossos solos em sua ampla maioria aptos para a agricultura.
Em âmbito geral as unidades geológicas do relevo de Santa Catarina são assim divididas:

1.   PLANÍCIE LITORÂNEA

Localizam-se na encosta dos Planaltos e Serra do Leste, evidentemente bem próximo ao mar, junto ao litoral.
A planície Litorânea apresenta larguras bastante variadas, alargando-se em alguns lugares como no vale do Itajaí, onde chega até as proximidades da cidade de Ibirama, com mais de 100Km de extensão; no vale do Itapocú, chegando até a cidade de Corupá; e no vale do rio Tubarão a planície se abre no litoral, adentrando para o interior e vai até quase a cidade de Santa Rosa de Lima.
Porém, em algumas regiões ela se estreita muito, como acontece na região da Serra do Tabuleiro, desde a parte Sul da Grande Florianópolis até a cidade de Garopaba onde não tem mais de 15 Km de largura.
Foi pelo litoral que os primeiros colonizadores chegaram em nossas terras e por isso, quase todas as principais cidades do estado, Florianópolis, Joinville, Blumenau, Itajaí, Criciúma e Tubarão, ai estão localizadas.

2.    PLANALTOS E SERRAS

Localizados na encosta do litoral, como se fosse um contraste junto com a planície costeira.
Estas Serras estendem-se desde o Nordeste até o Sudeste do estado. No Nordeste, onde aparece com destaque, chame-se Serra do Mar, e vai tendo nomes locais, como Serra de Jaraguá, do Tabuleiro,…, porém, com altitudes menores. Esta formação se estende no sentido longitudinal e sofre um rompimento no vale do Itajaí. Já no Sudeste reaparece com toda a sua pomposidade e recebe o nome de Serra do Rio Do Rastro, onde apresenta suas maiores altitudes, como o Campo dos Padres que aparece com uma altitude de 2.084m e o Pico da Igreja com 1.850m. Há precipitação de neve durante o inverno e chama a atenção de inúmeros turistas. Está formação se destaca por ser o divisor de águas de Santa Catarina.

3.   PLANALTO CENTRAL

Forma-se uma elevação que começa em uma linha imaginária longitudinal desde a Serra do Rio do Rastro até a Serra do Espigão e vai no sentido transversal até a Serra da Fortuna. O destaque do relevo desta região acaba sendo a presença de muitos Planaltos como o de Lages, de São Bento, de Lages, de São Joaquim e de Planalto de Canoinhas, embora esse esteja na configuração da Depressão.
As Serras, em menores proporções do que os Planaltos, aparecem com destaque como é o caso da Serra Geral, que corta o centro do Estado; a Serra do Espigão, próximo à Caçador e a Serra da Fortuna que é a mais elevada desse contexto. Ela situa-se na fronteira política com o Estado do Paraná e por isso ganha mais importância naquele Estado, isso porque a cidade de Palmas, que é a mais fria cidade paranaense, se encontra sobre essa Serra.

4.   PLANÍCIE DO VALE DO RIO URUGUAI

Nesta região encontramos um relevo com formas baixas, onde predominam altitudes de até 200m, em alguns pontos chega até 400m. Porém, em raros casos. Essa região não chega a ser muito diferente do litoral, pois o clima e o mesmo, a pluviosidade e a umidade também.
Por ser basicamente constituído de terrenos areníticos-basálticos a região é muito aproveitada com a agricultura.

As áreas de preservação:

Segundo o Ministério do Meio-ambiente e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Santa Catarina é o estado com a maior área de preservação ambiental do país, com 34% de sua Mata Atlântica intacta. Para entender o quanto isso é representativo, o Brasil inteiro possui uma área de preservação inferior a 5%.
A FATMA – Fundação do Meio Ambiente, foi criada em 1974 e até o ano de 2003 contava com apenas cinco parques ecológicos, sendo que o último havia sido criado há cerca de 20 anos. Nos últimos 8 anos foram criados quatro parques ecológicos.

Parques Nacionais e Estaduais em Santa Catarina:
- Parques das Araucárias – São Domingos;
- Parque do Fritz Tzplaumann – Concórdia;
- Parque do Rio Canoas – São Bonifácio;
- Parque estadual da Serra do Tabuleiro – Grande Florianópolis.
- Parque Nacional de São Joaquim – Bom Jardim da Serra;
- Parque nacional de Aparados de Serra – Praia Grande;
- Parque Acarai – São Francisco;
- Parque da Serra Furada – Grão-Pará;
- Parque Estadual Rio Vermelho – Florianópolis;
- Reserva Biológica Estadual do Sassafrás – Benedito Novo;
- Reserva Biológica Estadual da Canela Preta – Botuverá.




A pecuária

De todos os estabelecimentos agropecuários catarinenses, 89,5% têm menos de 50 hectares. Esses pequenos estabelecimentos são responsáveis por 70% da produção agropecuária de Santa Catarina. São mais de 240 mil pessoas empregadas no setor, 17% da força de trabalho do Estado.
Santa Catarina é um dos maiores produtores e exportadores de suínos e frangos do Brasil. O sucesso destas atividades se deve a um eficiente sistema de integração entre empresas agroindustriais e produtores rurais.
Santa Catarina é o maior produtor nacional de ostras e mexilhões cultivados. A atividade envolve cerca de mil famílias, resultando em torno de 6 mil empregos diretos e indiretos. A área total de criação atinge 900 hectares, divididos em 12 parques aquícolas. Mais de 90% da produção brasileira saem de águas catarinenses, num volume anual de cerca de 15 milhões de toneladas.

A bovinocultura
O intenso processo de seleção genética dos rebanhos tem levado a progresso considerável para características produtivas de leite e carne em Santa Catarina. Entretanto, as estratégias de melhoramento genético precisam ser cuidadosamente estudadas, procurando-se antecipar às necessidades futuras do produtor, a fim de colocar à disposição destes animais que possam ser mais lucrativos dentro de um cenário de mercado futuro, visto que os ganhos ocorrem somente em longo prazo.
Em termos de características produtivas, parcela considerável dos produtores de leite em Santa Catarina, assim como na maior parte do país, tem dado ênfase no melhoramento genético para produção de leite, relegando para um segundo plano os componentes do leite gordura e proteína. Este fato está relacionado às peculiaridades do mercado de leite no Brasil, o qual, em sua maioria, não remunera adequadamente a composição do leite.
Como consequência observa-se, na maioria dos trabalhos publicados no Brasil, que os teores de gordura e proteína do leite são relativamente baixos. Entretanto, considerando que o retorno do melhoramento genético só aparece após alguns anos, com produção de leite iniciando somente 3 anos após a inseminação (tempo para gestação + crescimento da novilha), precisamos levar em consideração que a exportação brasileira de lácteos vem crescendo muito nos últimos anos, superando os 150 milhões de litros de leite em 2010.


A avicultura
A criação de aves sempre foi um expoente em terras catarinenses, na década de 70 deixou de ser uma atividade de subsistência e passou a ser uma atividade econômica comercial. Com o crescimento do consumo em todo o país, também houve uma expansão na criação de aves no estado e os frigoríficos se prontificaram a dar auxílio aos criadores para garantirem a produção.
Os frigoríficos fazem uma parceria com os produtores, eles oferecem os pintos, a ração a preço de custo, o auxílio de um médico veterinário e ainda a garantia da compra por um preço considerado justo; ao passo que os produtores, em geral pequenos agricultores que procuram diversificar sua rentabilidade, fornecem a mão-de-obra.
Sempre houve uma grande dificuldade para os produtores conseguirem boas matrizes, porque essas são importadas quase sempre dos Estados Unidos ou da Europa e o custo sempre cresce com a importação. Também os dejetos apresentavam-se como um empecilho. A “cama” (expressão usada para designar a solução formada pela sobra de ração e fezes) já à muito tempo é comercializada como adubo orgânico.
Contudo Santa Catarina ainda é o Estado com maior produção de carne de aves, sendo o maior criador de frangos, galos, perus, marrecos, gansos e patos; o segundo maior em galinhas, codornas e pintos.
Santa Catarina também é o Estado sede dos maiores frigoríficos do país, como o Perdigão e o Sadia, que juntaram-se em 2012 criando a uma das maiores empresas alimentícias do mundo, a BR-FOODS.
Ainda no ramo de avicultura, uma associação que parecia inútil transformou-se em uma grande fonte de renda para os pequenos produtores de arroz em todo o Estado. Trata-se da introdução da criação de marrecos junto à plantação de arroz. O marreco precisa de banhado e água para tirar seu sustento, o arroz também. Então o habitat poderia ser dividido pelos dois. O marreco se sustenta de insetos e alevinos que habitam os arrozeirais e ainda ajuda na adubação, isso faz o arroz estar livre de alguns predadores e ainda ter um crescimento superior.

Apicultura

Com tanta diversidade na fruticultura catarinense e com a variação agrícola existente, não poderíamos deixar de ter uma criação de abelhas. O estado catarinense é o maior produtor de mel do país. A apicultura em Santa Catarina foi introduzida pelos imigrantes alemães e sempre ficou mais ou menos estagnada. Com o advento da globalização, este mercado ganhou espaço. Hoje, Santa Catarina é exportadora de mel de abelha para vários países. As maiores áreas de produção são a Serra do Tabuleiro, a Região Sul, Sudeste, Extremo Sul e Meio Oeste. Principalmente nas regiões onde há o plantio de maçãs e eucaliptos, pois esses vegetais facilitam a pratica da apicultura.


A INDÚSTRIA CATARINENSE
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A indústria representa 43,1% do PIB catarinense e se destaca pela sua diversidade. Tem-se uma variedade industrial em cada região do Estado. 19 das 500 maiores indústrias do Brasil atuam em Santa Catarina, na grande maioria são indústrias que nasceram no próprio Estado.
Um exemplo disso é a dependência de Botuverá para com o extrativismo de calcário, pois esse é o único produtor do Estado, a exploração é feita pelo Grupo Votorantim, com sede em São Paulo.

Blumenau sempre foi o maior centro econômico do Vale do Itajaí e a capital têxtil de Santa Catarina. Indústrias como a Teka, Hering (a maior malharia do Mundo e 2º maior fábrica têxtil da América Latina), Artex, …, são alguns exemplos desse poder.
Blumenau também é sede do grupo Bunge, que é um dos maiores do Mundo na área alimentícia.

Canelinha tem como importância econômica, a indústria cerâmica. Grandes grupos como a Portobelo, estão sediados na cidade e movimentam a economia local.

Capinzal é um exemplo de destaque na agroindústria, pois, nesta cidade temos uma filial do frigorífico Perdigão, que é o maior abatedor de aves do mundo.

Chapecó é a capital do Oeste catarinense e por isso passa a ser alvo de muitos migrantes. A indústria alimentícia principalmente os frigoríficos, como o Chapecó, o Seara,  se destacam nesta cidade. A indústria da construção civil também ganha destaque.
Criciúma sofreu muito com o fechamento da mineração na região Sudeste do Estado, porém, a indústria cerâmica como o grupo Eliane (2º maior grupo cerâmico do Mundo), Cegrisa e Ceusa, absorveram a mão-de-obra local.
 Nos últimos anos a indústria têxtil também está crescendo na cidade e já faz de Criciúma um expoente regional.

Itajaí se responsabiliza por mais de 25% da captura de sardinhas do país, logo, se faz necessário a industrialização. E esse é o destaque industrial dessa cidade.

Jaraguá do Sul destaca-se em dois ramos bem distintos; o têxtil, onde encontramos grandes empresas como a Malwee e a Marisol; e o ramo elétrico. Neste, Jaraguá se destaca como um dos principais centros do país. As principais empresas são a Weg e a Kohlbach; temos ainda a Tramontina que é a maior fábrica de utensílios domésticos em aço inox do país e ainda outras empresas importantes, como no ramo alimentício onde destacamos algumas fábricas de refrigerantes.

Joinville, é a cidade com maior produção industrial do Estado. Nesta cidade produz-se aproximadamente 20% de tudo o que sai de Santa Catarina; e também a maior diversidade industrial entre as cidades catarinenses.
Em Joinville encontramos indústrias têxteis, como a Döller, a Lepper, a Iracema,…; indústrias metalúrgicas, como a Ciser, a Tupy,…; e ainda Cônsul e Embraco (eletrodomésticos), Tigre e Akros (plástico), Buschle Lepper (químico),….
A cidade está calcada em uma variedade incontestável e isso passa a ser importante, pois, dificilmente Joinville terá uma crise de empregos, a não ser que todo o país esteja, caso contrário sempre um segmento da indústria está dispensando e outro contratando.

Lages se destaca por possuir a Celucat do grupo Klabin que é um dos principais produtores de papel, papelão e celulose a nível nacional. Também destaca-se a Minusa, produtora de peças para tratores.

Em Rio do Sul temos a metal ciclo que é responsável por 70% da produção nacional de pedais e descansos para bicicletas.

O município de São João Batista é o grande produtor de calçados de Santa Catarina, cerca de 80% da receita industrial do município é proveniente desta base, que emprega 2% da população economicamente ativa.

São Bento do Sul continua sendo a capital catarinense da indústria moveleira, são aproximadamente 17000 trabalhadores que movimentam a economia municipal. Segundo um dos diretores da Artefama, que é a maior exportadora de móveis do país, nossas indústrias competem muito lá fora, porém, não atendem o mercado interno e por isso são dependentes da flutuação das exportações.

Na cidade de Otacílio Costa temos a Igaras, fábrica de papéis para embalagens, que com os seus 2600 empregados é o 2º maior produtor do país.
Temos ainda outras cidades com potencial industrial, contudo ressaltamos os principais pontos de algumas cidades, que são destaques a nível estadual e até nacional.

Santa Catarina apresenta uma divisão muito interessante na sua estrutura industrial. Aquela crença popular de que uma fábrica puxa a outra, parece que aqui se tornou verdade.
Podemos dividir as industrias catarinenses em quatro grandes blocos bem distintos, conforme sua aptidão e região de atuação.

         A Região Nordeste apresenta a maior concentração industrial do Estado e parece que aqui a regra se diferenciou. Temos uma enorme diversidade quanto à produção. São ramos bem distintos como têxtil, alimentício, elétrico, químico e tantos outros que se destacam como os mais emergentes dessa miscelânea industrial. Mesmo assim alguns ramos se sobressaem como o elétrico que é exemplo nacional.
Tanto Joinville, quanto Jaraguá do Sul, que são os dois maiores parques industriais da região, possuem facilidade de exportação devido ao porto de São Francisco do Sul que tem uma boa infra-estrutura.
Portanto, o Nordeste se destaca pela diversidade industrial.

         Sul, após o fim do ciclo carbonífero, teve que reestruturar  toda a economia regional. Com isso a indústria cerâmica se fortaleceu e hoje tanto Criciúma, quanto Urussanga, Içara, Tubarão, Morro da Fumaça e outras cidades, vivem economicamente voltados à produção cerâmica. Embora a indústria têxtil comece a aparecer, ainda é cedo para afirmarmos que ela disputa espaço com os grupos cerâmicos.
Portanto, o SuLlse destaca pela industria cerâmica.

         No Vale do Itajaí, a indústria têxtil tem a supremacia, chega a produzir 15% do total têxtil do país e é, portanto, um dos maiores parques industriais da América Latina. Tanto em Blumenau, quanto em Brusque, Gaspar, Pomerode e outras cidades, as fábricas têxteis  estão presentes e dominam a economia regional. Brusque, inclusive tornou-se um dos maiores centros comerciais do país.
A indústria têxtil do Vale do Itajaí, assim como de todo o país, está passando por uma grande crise financeira. Muitas empresas estão saindo do Estado, muitas fábricas fechando, muitas pessoas perdendo seu emprego.
Portanto, o Vale do Itajaí se destaca pela indústria têxtil.

         As regiões Oeste e Meio Oeste, possuem uma característica econômica muito parecida, diríamos até igual. Nestas duas regiões as industrias alimentícias são as mantenedoras da estrutura econômica.
As agroindústrias, como são denominadas na região, fazem um processo associativo e garantem tanto o emprego para os operários nos frigoríficos, quanto o emprego do produtor no campo. Portanto, constituindo um ramo importante na economia, pois, abriga dois setores.
Portanto, o Oeste e Centro Oeste se destaca pela agroindústria.
Poderíamos ainda  incluir o ramo madeireiro, papeleiro, moveleiro, leiteiro e ainda outros. Porém, a amplitude desses ramos não permitem tal destaque, por isso não o fizemos.
Merecem destaque sim, o ramo turístico e pesqueiro, que possui sua maior estrutura no litoral. Pela própria cultura, quase que todo o litoral tem na pesca a base de sustento de muitas pessoas e o turismo seria a conseqüência de tantas belezas que possuímos, que inclusive são destacados em outros capítulos.

Portanto o litoral se destaca pela pesca e turismo.



Os portos catarinenses

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  Porto de São Francisco do Sul: É o principal porto graneleiro catarinense e essencialmente exportador. Administrado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, recebe embarcações com até 12 metros de calado.
  Porto de Itajaí: Ocupa a terceira colocação no ranking nacional de exportações de contêineres. Os 740 metros da estrutura de seu cais, com 10 metros de calado, têm condições de receber, em média, três cargueiros simultaneamente.
  Porto de Imbituba: Gerenciado pela iniciativa privada, é um dos principais suportes da economia do Sul catarinense. Com cais de 300 metros de extensão, área terrestre de 1,55 milhão de m² e área aquática de 750 mil m², permite a operação de embarcações com até 10 metros de calado em seus quatro berços de atracação.
  Porto de Navegantes: Empreendimento privado, o mais novo porto de Santa Catarina – Terminais Portuários de Navegantes S.A. (Portonave) – iniciou suas atividades em outubro de 2007, no município de Navegantes.
  Porto de Itapoá: O mais novo empreendimento do setor portuário do Sul do Brasil, é um terminal privativo de uso misto para a movimentação de contêineres. A empresa tem como missão fornecer soluções logísticas com agilidade e eficiência. Com localização geográfica estratégica, condições naturais de profundidade e águas calmas da Baía da Babitonga o terminal é adequado para receber navios de grande porte, de até 9 mil TEUs.


  Porto de Laguna: O porto pesqueiro de Laguna é abrigado naturalmente entre a lagoa de Santo Antônio dos Anjos da Laguna e o mar, e conta com instalações completas para pesca, armazenamento e transporte.

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