GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA - INDÚSTRIA
A
indústria representa 43,1% do PIB catarinense e se destaca pela sua
diversidade. Tem-se uma variedade industrial em cada região do Estado. 19 das
500 maiores indústrias do Brasil atuam em Santa Catarina, na grande maioria são
indústrias que nasceram no próprio Estado.
Um
exemplo disso é a dependência de Botuverá para com o extrativismo de
calcário, pois esse é o único produtor do Estado, a exploração é feita pelo Grupo
Votorantim, com sede em São Paulo.
Blumenau sempre foi o maior centro econômico do Vale do
Itajaí e a capital têxtil de Santa Catarina. Indústrias como a Teka, Hering (a
maior malharia do Mundo e 2º maior fábrica têxtil da América Latina), Artex, …,
são alguns exemplos desse poder.
Blumenau
também é sede do grupo Bunge, que é um dos maiores do Mundo na área
alimentícia.
Canelinha tem como importância econômica, a indústria
cerâmica. Grandes grupos como a Portobelo, estão sediados na cidade e
movimentam a economia local.
Capinzal é um exemplo de destaque na agroindústria, pois,
nesta cidade temos uma filial do frigorífico Perdigão, que é o maior abatedor
de aves do mundo.
Chapecó é a capital do Oeste catarinense e por isso
passa a ser alvo de muitos migrantes. A indústria alimentícia principalmente os
frigoríficos, como o Chapecó, o Seara,
se destacam nesta cidade. A indústria da construção civil também ganha
destaque.
Criciúma sofreu muito com o fechamento da mineração na
região Sudeste do Estado, porém, a indústria cerâmica como o grupo Eliane (2º
maior grupo cerâmico do Mundo), Cegrisa e Ceusa, absorveram a mão-de-obra
local.
Nos últimos anos a indústria têxtil também
está crescendo na cidade e já faz de Criciúma um expoente regional.
Itajaí se responsabiliza por mais de 25% da captura de
sardinhas do país, logo, se faz necessário a industrialização. E esse é o
destaque industrial dessa cidade.
Jaraguá
do Sul destaca-se em dois ramos
bem distintos; o têxtil, onde encontramos grandes empresas como a Malwee e a
Marisol; e o ramo elétrico. Neste, Jaraguá se destaca como um dos principais
centros do país. As principais empresas são a Weg e a Kohlbach; temos ainda a
Tramontina que é a maior fábrica de utensílios domésticos em aço inox do país e
ainda outras empresas importantes, como no ramo alimentício onde destacamos
algumas fábricas de refrigerantes.
Joinville, é a cidade com maior produção industrial do
Estado. Nesta cidade produz-se aproximadamente 20% de tudo o que sai de Santa
Catarina; e também a maior diversidade industrial entre as cidades
catarinenses.
Em
Joinville encontramos indústrias têxteis, como a Döller, a Lepper, a Iracema,…;
indústrias metalúrgicas, como a Ciser, a Tupy,…; e ainda Cônsul e Embraco
(eletrodomésticos), Tigre e Akros (plástico), Buschle Lepper (químico),….
A cidade
está calcada em uma variedade incontestável e isso passa a ser importante,
pois, dificilmente Joinville terá uma crise de empregos, a não ser que todo o
país esteja, caso contrário sempre um segmento da indústria está dispensando e
outro contratando.
Lages se destaca por possuir a Celucat do grupo Klabin
que é um dos principais produtores de papel, papelão e celulose a nível
nacional. Também destaca-se a Minusa, produtora de peças para tratores.
Em Rio
do Sul temos a metal ciclo que é responsável por 70% da produção nacional
de pedais e descansos para bicicletas.
O
município de São João Batista é o grande produtor de calçados de Santa
Catarina, cerca de 80% da receita industrial do município é proveniente desta
base, que emprega 2% da população economicamente ativa.
São
Bento do Sul continua
sendo a capital catarinense da indústria moveleira, são aproximadamente 17000
trabalhadores que movimentam a economia municipal. Segundo um dos diretores da
Artefama, que é a maior exportadora de móveis do país, nossas indústrias
competem muito lá fora, porém, não atendem o mercado interno e por isso são
dependentes da flutuação das exportações.
Na cidade
de Otacílio Costa temos a Igaras, fábrica de papéis para embalagens, que
com os seus 2600 empregados é o 2º maior produtor do país.
Temos
ainda outras cidades com potencial industrial, contudo ressaltamos os
principais pontos de algumas cidades, que são destaques a nível estadual e até
nacional.
Santa Catarina apresenta uma divisão muito
interessante na sua estrutura industrial. Aquela crença popular de que uma
fábrica puxa a outra, parece que aqui se tornou verdade.
Podemos
dividir as industrias catarinenses em quatro grandes blocos bem distintos,
conforme sua aptidão e região de atuação.
·
A Região
Nordeste apresenta a maior concentração industrial do Estado e parece que aqui
a regra se diferenciou. Temos uma enorme diversidade quanto à produção. São
ramos bem distintos como têxtil, alimentício, elétrico, químico e tantos outros
que se destacam como os mais emergentes dessa miscelânea industrial. Mesmo
assim alguns ramos se sobressaem como o elétrico que é exemplo nacional.
Tanto
Joinville, quanto Jaraguá do Sul, que são os dois maiores parques industriais
da região, possuem facilidade de exportação devido ao porto de São Francisco do
Sul que tem uma boa infra-estrutura.
Portanto,
o Nordeste se destaca pela diversidade industrial.
·
Sudeste, após
o fim do ciclo carbonífero, teve que reestruturar toda a economia regional. Com isso a
indústria cerâmica se fortaleceu e hoje tanto Criciúma, quanto Urussanga,
Içara, Tubarão, Morro da Fumaça e outras cidades, vivem economicamente voltados
à produção cerâmica. Embora a indústria têxtil comece a aparecer, ainda é cedo
para afirmarmos que ela disputa espaço com os grupos cerâmicos.
Portanto,
o Sudeste se destaca pela industria cerâmica.
·
No Vale do
Itajaí, a indústria têxtil tem a supremacia, chega a produzir 15% do total
têxtil do país e é portanto, um dos maiores parques industriais da América
Latina. Tanto em Blumenau, quanto em Brusque, Gaspar, Pomerode e outras
cidades, as fábricas têxteis estão
presentes e dominam a economia regional. Brusque, inclusive tornou-se um dos
maiores centros comerciais do país.
A
indústria têxtil do Vale do Itajaí, assim como de todo o país, está passando
por uma grande crise financeira. Muitas empresas estão saindo do Estado, muitas
fábricas fechando, muitas pessoas perdendo seu emprego.
Portanto,
o Vale do Itajaí se destaca pela indústria têxtil.
·
As regiões
Oeste e Meio Oeste, possuem uma característica econômica muito parecida,
diríamos até igual. Nestas duas regiões as industrias alimentícias são as
mantenedoras da estrutura econômica.
As
agroindústrias, como são denominadas na região, fazem um processo associativo e
garantem tanto o emprego para os operários nos frigoríficos, quanto o emprego
do produtor no campo. Portanto, constituindo um ramo importante na economia,
pois, abriga dois setores.
Portanto,
o Oeste e Centro Oeste se destaca pela agroindústria.
Poderíamos
ainda incluir o ramo madeireiro,
papeleiro, moveleiro, leiteiro e ainda outros. Porém, a amplitude desses ramos
não permitem tal destaque, por isso não o fizemos.
Merecem
destaque sim, o ramo turístico e pesqueiro, que possui sua maior estrutura no
litoral. Pela própria cultura, quase que todo o litoral tem na pesca a base de
sustento de muitas pessoas e o turismo seria a conseqüência de tantas belezas
que possuímos, que inclusive são destacados em outros capítulos.
Portanto
o litoral se destaca pela pesca e turismo.
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