A GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA - PECUÁRIA
A
pecuária
De todos os estabelecimentos
agropecuários catarinenses, 89,5% têm menos de 50 hectares. Esses pequenos
estabelecimentos são responsáveis por 70% da produção agropecuária de Santa Catarina. São mais de 240 mil pessoas empregadas no setor,
17% da força de trabalho do Estado.
Santa Catarina é um dos maiores produtores e
exportadores de suínos e frangos do Brasil. O sucesso destas atividades se deve
a um eficiente sistema de integração entre empresas agroindustriais e
produtores rurais.
Santa Catarina é o maior produtor nacional de
ostras e mexilhões cultivados. A atividade envolve cerca de mil famílias,
resultando em torno de 6 mil empregos diretos e indiretos. A área total de
criação atinge 900 hectares, divididos em 12 parques aquícolas. Mais de 90% da
produção brasileira saem de águas catarinenses, num volume anual de cerca de 15
milhões de toneladas.
A
bovinocultura
O
intenso processo de seleção genética dos rebanhos tem levado a progresso
considerável para características produtivas de leite e carne em Santa
Catarina. Entretanto, as estratégias de melhoramento genético precisam ser
cuidadosamente estudadas, procurando-se antecipar às necessidades futuras do
produtor, a fim de colocar à disposição destes animais que possam ser mais
lucrativos dentro de um cenário de mercado futuro, visto que os ganhos ocorrem
somente em longo prazo.
Em
termos de características produtivas, parcela considerável dos produtores de
leite em Santa Catarina, assim como na maior parte do país, tem dado ênfase no
melhoramento genético para produção de leite, relegando para um segundo plano
os componentes do leite gordura e proteína. Este fato está relacionado às
peculiaridades do mercado de leite no Brasil, o qual, em sua maioria, não
remunera adequadamente a composição do leite.
Como
consequência observa-se, na maioria dos trabalhos publicados no Brasil, que os
teores de gordura e proteína do leite são relativamente baixos. Entretanto,
considerando que o retorno do melhoramento genético só aparece após alguns
anos, com produção de leite iniciando somente 3 anos após a inseminação (tempo
para gestação + crescimento da novilha), precisamos levar em consideração que a
exportação brasileira de lácteos vem crescendo muito nos últimos anos,
superando os 150 milhões de litros de leite em 2010.
A
avicultura
A criação de aves sempre foi um expoente em
terras catarinenses, na década de 70 deixou de ser uma atividade de
subsistência e passou a ser uma atividade econômica comercial. Com o
crescimento do consumo em todo o país, também houve uma expansão na criação de
aves no estado e os frigoríficos se prontificaram a dar auxílio aos criadores
para garantirem a produção.
Os frigoríficos fazem uma parceria com os
produtores, eles oferecem os pintos, a ração a preço de custo, o auxílio de um
médico veterinário e ainda a garantia da compra por um preço considerado justo;
ao passo que os produtores, em geral pequenos agricultores que procuram
diversificar sua rentabilidade, fornecem a mão-de-obra.
Sempre houve uma grande dificuldade para os
produtores conseguirem boas matrizes, porque essas são importadas quase sempre
dos Estados Unidos ou da Europa e o custo sempre cresce com a importação.
Também os dejetos apresentavam-se como um empecilho. A “cama” (expressão usada
para designar a solução formada pela sobra de ração e fezes) já à muito tempo é
comercializada como adubo orgânico.
Contudo Santa Catarina ainda é o Estado com
maior produção de carne de aves, sendo o maior criador de frangos, galos,
perus, marrecos, gansos e patos; o segundo maior em galinhas, codornas e
pintos.
Santa Catarina também é o Estado sede dos
maiores frigoríficos do país, como o Perdigão e o Sadia, que juntaram-se em
2012 criando a uma das maiores empresas alimentícias do mundo, a BR-FOODS.
Ainda no ramo de avicultura, uma associação
que parecia inútil transformou-se em uma grande fonte de renda para os pequenos
produtores de arroz em todo o Estado. Trata-se da introdução da criação de
marrecos junto à plantação de arroz. O marreco precisa de banhado e água para
tirar seu sustento, o arroz também. Então o habitat poderia ser dividido pelos
dois. O marreco se sustenta de insetos e alevinos que habitam os arrozeirais e
ainda ajuda na adubação, isso faz o arroz estar livre de alguns predadores e
ainda ter um crescimento superior.
Apicultura
Com tanta diversidade na fruticultura
catarinense e com a variação agrícola existente, não poderíamos deixar de ter
uma criação de abelhas. O estado catarinense é o maior produtor de mel do país.
A apicultura em Santa Catarina foi introduzida pelos imigrantes alemães e
sempre ficou mais ou menos estagnada. Com o advento da globalização, este
mercado ganhou espaço. Hoje, Santa Catarina é exportadora de mel de abelha para
vários países. As maiores áreas de produção são a Serra do Tabuleiro, a Região
Sul, Sudeste, Extremo Sul e Meio Oeste. Principalmente nas regiões onde há o
plantio de maçãs e eucaliptos, pois esses vegetais facilitam a pratica da
apicultura.
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