A GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA - HIDROGRAFIA
A
hidrografia Catarinense:
A
água pode ser encontrada no nosso planeta em três estados físicos: sólido,
líquido e gasoso. A troca deste estado ou o caminho percorrido para chegar até
nós, se dá pelo processo que chamamos de “Ciclo da água” ou “Ciclo hidrológico”.
Por meio desse ciclo a água passa pelos estados líquido e gasoso de forma que
vai sempre se renovando a cada ciclo completo. Em regiões muito frias do
planeta (Polos e Montanhas) ela pode ser encontrada em estado sólido.
Quando
a terra estava se formando a superfície do planeta era muito quente e toda a
água existente estava na forma de vapor. Pode-se afirmar que o ciclo da água
começou com um processo chamado de condensação: a passagem do estado gasoso
para o estado líquido. Nesse caso, a água se condensou devido à diminuição de
temperatura ocorrida na superfície do planeta, que possibilitou que o vapor de
água passasse para o estado líquido.
Atualmente,
isso acontece quando o vapor de água chega a certa altura. A temperatura cai e
a água condensa, passando para o estado líquido em pequenas gotículas que vão
se juntando e movimentando por causa da ação dos ventos e das correntes
atmosféricas e formando as nuvens. Por fim, elas caem na forma de chuva
(precipitação).
Ao
cair às águas vão para os rios, ou para lençóis subterrâneos e depois para os
rios e mares, oceanos e lagos. Lá ela fica novamente exposta à ação do sol que
a esquenta transformando-a novamente através do processo de evaporação:
passagem do estado líquido para o gasoso.
As
bacias hidrográficas em Santa Catarina;
Define-se bacia hidrográfica como um
conjunto de rios cujos cursos (ou leitos) se interligam. Ou seja, é um conjunto
de terras drenadas por um rio principal e seus tributários (afluentes,
subafluentes etc.).

As
principais bacias hidrográficas em Santa Catarina são as Bacias secundárias do
Sudeste e a Bacia Platina. No conjunto de Bacias do Sudeste, os rios que
deságuam diretamente no mar. Os principais rios desta bacia são: Araranguá,
Cubatão Norte, Itajaí-Açú, Itapocu, Tijucas, Tubarão, Cubatão Sul, Mampituba e
Urussanga.
A
Bacia Platina e dividida em Bacia do Paraná, do Paraguai e do Uruguai. Em Santa
Catarina a Bacia do Rio Paraná é Representada pela Sub-Bacia do Iguaçu, cujo principais
rios são: Iguaçu, Negro, Negrinho, Preto, São João, Canoinhas, Paciência, Timbó
e Jangada. A bacia do Uruguai é composta pelo Rio Uruguai e seus afluentes,
onde se destacam os rios Canoas e Pelotas, das Antas, Chapecó, Irani,
Lava-Tudo, do Peixe, Jacutinga e Peperi-Guaçu.
O
potencial hídrico para a produção de energia;

As usinas
hidrelétricas que atual em Santa Catarina são:
Usina Hidrelétrica
|
Rio
|
Produção (MW)
|
Itá
|
Uruguai
|
1450
|
Machadinho
|
Pelotas
|
1140
|
Campos
Novos
|
Canoas
|
880
|
Foz
do Chapecó
|
Uruguai
|
855
|
Barra
Grande
|
Pelotas
|
708
|
São
Roque
|
Canoas
|
214
|
Garibaldi
|
Canoas
|
150
|
Salto
Pilão
|
Itajaí-Açu
|
182
|
Quebra
Queixo
|
Chapecó
|
150
|
Com
os novos empreendimentos que estão para ser construídos – Usinas de Garibaldi,
São Roque e pai Querê, complexo eólico da Serra do Rio do Rastro e as PCHs –
Pequenas Contrais Hidrelétricas, o estado passará a ser exportador de energia.
A
indústria e a poluição hídrica;
Um
dos grandes problemas para a hidrografia de Santa Catarina diz respeito à
poluição dos corpos hídricos. Os rios e mananciais na região de Criciúma sofrem
com os resíduos da mineração; na região do Vale do Itajaí e Nordeste Catarinense,
os corantes lançados nos rios comprometem suas águas; no Planalto os resíduos
das industrias madeireiras; em todo o estados, nas principalmente no litoral,
o lançamento de esgoto sanitário lidera
os problemas ambientais, mas nada é tão significativo quanto aos resíduos da
agroindústria que são lançados nas regiões oeste e extremo oeste.
A
criação de gado de forma intensiva e o
processamento de produtos agropecuários têm proporcionado sérios problemas de
poluição para o solo e em águas superficiais e subterrâneas. Como os resíduos
de atividades agroindustriais apresentam, em geral, grande concentração de
material orgânico. Seu lançamento em rios pode proporcionar grande decréscimo
na concentração de oxigênio dissolvido nesse meio, provocando a morte de peixes.
Em caso de lançamento de grandes cargas
orgânicas, além de proporcionar a morte de animais, pode provocar a exalação de
mal cheiro e de gases agressivos, causando assim, a morte do rio.
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