O FIM DO NOSSO COMPLEXO DE VIRA-LATAS
Durante muitos anos
tínhamos o péssimo hábito que pensar que tudo o que vinha de fora era melhor,
inclusive desdenhávamos dos produtos nacionais em prol de produtos importados
que são, muitas vezes, de qualidade inferior.
E isso faz parte de nossa cultura
por muitos anos, pois já no século XVIII quando os navios aportavam, um bando
de curiosos ia até o cais para saber qual eram as mais novas tendências e modas
do mundo de lá.
Contudo três séculos se
passaram e as coisas pouco mudaram. O pior é que internamente não é nada
diferente, centenas de caipiras de Santa Catarina vestem-se como as
protagonistas das novelas para “estar” na moda. Assim como outros caipiras
torcem para um time de futebol de Santa Catarina e um outro do Rio de Janeiro,
só pra “estar” na moda.
Assim é no futebol, na
política, no comportamento e também na economia. Pois para muitos é um sonho
comprar nas Casas Bahia e não na Salfer, pois a Bahia “é de fora”. Mas,
finalmente as coisas estão mudando, principalmente na economia.

Num passado nada distante
muito recente grupos de brasileiros iam para a Europa, Japão e EUA para
conhecer o modelo de gestão e produção destes países e trazer alguma
contribuição para cá. Na atualidade, eles são convidados para vir conhecer o
Brasil, como ocorreu em Belo Horizonte com o grupo da ACOMAC e Sebrae/Minas.
Também no mercado externo
o nível de qualidade nas exportações é incomparável em relação ao que se
praticava em anos anteriores.

Só nos falta agora deixar
de sermos vira-latas e lembrarmos que o futebol é coisa local e cultural, logo,
se o Barcelona tem o melhor time do mundo, tudo bem, apesar de terem perdido o
mundial de 2006 para um brasileiro (Internacional), mas não deve ser por isso
que nos brasileiros devemos torcer por um time europeu. O mesmo no que diz
respeito a torcer por um clube do Rio de Janeiro. Qual é a relação, além do
caipirismo, para torcermos por um clube carioca?

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