O QUE É O ESTADO ISLÂMICO?


Nos últimos dias, muito se tem ouvido falar sobre o EI – Estado Islâmico. Mas o que é isso? Onde fica? Quem são essas pessoas? Essas são perguntas que muitos se fazem e poucos sabem responder.
O EI, também conhecido como ISIS, sigla em inglês para Estado Islâmico do Iraque e da Síria, é um grupo muçulmano extremista fundado em outubro de 2004 a partir do braço da Al Qaeda no Iraque. É formado por sunitas, o maior ramo do islamismo. Entre os países muçulmanos, os sunitas são minoria apenas entre as populações do Iraque e do Irã, compostas majoritariamente por xiitas.

Dentro da religião islâmica tem dois grupos bem definidos os Sunitas e Xiitas. Os Sunitas são mais moderados entendem as diferenças e aceitam outras religiões, porém, os acusam de injuria; já os Xiitas são radicais não aceitam a modernidade e chamam de infiéis todos os demais, declaram morte aos não seguidores de suas crenças. Se trouxermos para o Brasil seriam os Católicos e Luteranos como Sunitas e Evangélicos e Carismáticos Católicos como Xiitas.
Mas para surpresa geral, o EI surge entre os Sunitas e querem a guerra com os demais, essa reação seria mais comum entre os Xiitas e isso reforça a tese de que não é uma questão de religião e sim de poder.
Em janeiro de 2014, o Estado Islâmico declarou que o território sob seu controle passaria a ser um califado, a forma islâmica de governo.
Califado é uma forma de governo islâmica, exposto no Alcorão (Bíblica) e extinta em 1924.

No Iraque, o EI tenta se aproveitar da situação conflituosa entre curdos, árabes sunitas, cristãos e xiitas, que atualmente governam o país, para ampliar sua área de controle. Lá, tem a simpatia dos iraquianos sunitas, que estiveram no poder durante as décadas de governo Saddam Hussein, perseguindo a maioria xiita. Atualmente, os sunitas são perseguidos pelo governo xiita. Na Síria, o EI também tem a simpatia de parte dos rebeldes que lutam contra o governo de Bashar Al Assad.
Logo, um país dividido sem controle é um prato cheio para os rebeldes fazerem um governo paralelo.
Eles não reconhecem a legitimidade dos Estados, como Israel e Síria, que foram implementados no Oriente Médio, a partir dos interesses ocidentais, e então, simbolicamente, por exemplo, queimam os passaportes, as identidades nacionais.
A luta e para criar uma identidade árabe, mas com base numa sustentação e base no Alcorão, sendo pátria de todos os Islâmicos e com um sistema de Califado, que segundo eles seria a forma de Governo abençoado por Ala e por isso, seria amplamente próspero.
A desestabilização do governo no Iraque, que não soube se articular com sunitas e curdos, foi o cenário propício para a expansão do Estado Islâmico.
Para piorar a situação os Estados Unidos não conseguiram cumprir a promessa de levar democracia ao Iraque após a invasão de 2003, pois não era esse o rela interesse, que resultou na queda de Saddam Hussein, e o Estado iraquiano foi se dividindo.
Grandes potências, como os Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido e a França, elevaram suas preocupações e anunciaram a ampliação do apoio, com efetivos militares e armas, à resistência contra o EI – composta por curdos e xiitas, no Iraque.

Desde 8 de agosto de 2014, o governo norte-americano realiza ataques aéreos a alvos do Estado Islâmico, em apoio às forças curdas. Porém, os ataques promovidos em 13 de novembro, em Paris, deixou o mundo preocupado e pensando: e agora, quem será o próximo alvo?

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