A SAÚDE EM JOINVILLE


  Novamente, nesta semana, voltou-se a falar em construir um novo hospital público em Joinville.  Jurei que não ia mais me pronunciara a respeito, mas não dá para cumprir este juramento, pois são tantas besteiras ditas que me obrigo a falar.

Que a saúde em Joinville não está boa, ninguém precisa falar, mas as soluções apresentadas são sem fundamento. Hoje Joinville gasta mais de 30% do seu orçamento com saúde, sendo que deveria gastar 15% e pode ser gasto 50% que não se resolve com estas ações paliativas, o que precisa ser feito para resolver de vez o problema, são três ações administrativas:
- A Criação do Cadastro Único da saúde: nas vésperas de feriados os PAs estão vazios, quem não acredita pergunte á quem trabalha na saúde. No dia seguinte de um feriado ou na segunda-feira pela manhã o volume de atendimento é duas ou três vezes superior ao limite máximo. Com o cadastro único, as pessoas que procuram o PA por causa de uma dor de cabeça oriunda de um porre do domingo não seriam atendidas como doentes e assim, eliminaria muito dos atendimentos. Assim como eliminar os doentes profissionais, aqueles que vão em um PA pegam remédio não tomam, vão em outro e repetem a ação;
- A finalização das obras do Hospital Regional Hans Dieter Shmidt: moro em Joinville a mais de 25 anos, mas desde que cheguei em Joinville o Hospital Regional está em obras e nunca conclui as duas alas que faltam para que o atendimento seja de 100% de sua capacidade. Logo, boa parte das pessoas que ficam nos corredores do são José poderiam ser internadas ou pelo menos atendidos no Regional;
- A volta do Hospital Dona Helena como filantrópico: há vinte anos atrás quem ficava doente em Joinville podia ir a um dos três Hospitais existentes – o Regional, o São José ou o Dona Helena. Mas o Dona Helena, que é um Hospital filantrópico optou por outras formas de filantropia e não o atendimento ao público do SUS, com isso superlotou os outros Hospitais. Caso o Dona Helena volte a atender o público do SUS, pelo menos 1.000 pessoas por ano deixariam de ir ao São José.
Ou seja, são ações administrativas que podem resolver o problema da saúde em Joinville e não aplicação de dinheiro, pois as verbas públicas são poucas e devem ser melhor aplicadas.



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